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11.3.14

Se Fizer Tudo Certo Nada Dá Errado.

Para evitar que seu negócio, seu plano, seu relacionamento, seja o que for, fracasse, é necessário saber por que aqueles que fracassaram no mesmo ramo se deram mal… Um negócio de sucesso geralmente é uma oportunidade já aproveitada e descartada por outra pessoa. 
Ou seja, aqueles que desistem no meio do caminho nos prestam um grande favor. Aqueles que culpam a tudo e a todos pelo seu próprio fracasso nos direcionam. 
Aqueles que esperam passivamente uma oportunidade assim como esperando um grande romance caindo do céu, sem perceber que a vida e o mundo não são simples, nos ensinam que o poder está na nossa atitude.
A procura por tentar encaixar e julgar negócios e oportunidades nos moldes do certo ou errado, pode ser fruto da necessidade que temos de procurar querer, sem esforço, persistência e dedicação, relações estáveis e seguras. E isso não existe! Isso nos limite e aprisiona!
O que diferencia os vencedores é a atitude positiva que tem diante de suas falhas. Eles procuram tirar lições das adversidades e avaliar as variáveis que os levam àquela situação. Encaram o problema não como o fim da linha, mas como o fim de um processo que agregou ensinamentos para o que viria a seguir. Afinal, certo e errado mudam de lado em ambientes diferentes de temperatura e pressão. Geralmente o "certo" se fez acontecer na calada da noite, longe dos olhos de outros, no esforço que não aparece, no planejamento, no estudo, na falta de tempo, no algo a mais, no ouvir e no ser ensinável. O "não dar certo" faz parte de uma programação mental enraizada na alma mediana, da culpa generalizada, das desculpas, da desistência, da falta de informação e da crença infundada.
Falar mal de um negócio, romance, família, mercado, oportunidade e resultados alheios, não muda a sua situação, não muda sua conta bancária, não muda nada a não ser a profundidade de seu buraco. Se fizer tudo certo nada dá errado. E fazer certo começa na mente, caso contrário vai continuar querendo que o mundo se molde a você, quando é você que tem que se moldar ao mundo. O que deu errado para um pode ser a liberdade e o certo para quem está preparado.

28.10.13

O Círculo Vicioso da Escravidão. O Escuro em Três Dimensões

Usando óculos escuros em três dimensões, mantendo distância, um a um, formam uma enorme marcha em círculo, do mais velho ao mais novo. O mais velho morre sem chegar a lugar algum, e o mais novo inicia a marcha cheio de esperanças. 
Uma caminhada de ilusões, falsos projetos, falso moralismo e de muita hipocrisia. A ordem é o círculo e a marcha é em uma só direção. Alguns sempre em frente, outros nem sempre, mas todos no mesmo compasso. Controle e alienação. Marcha constante e envolvente. Uma terrível força gravitacional. 
Uma legião de mentes fechadas, defensoras de conclusões que não são suas. Alternativas são descartadas, ideias e coisas “anormais” são demonizadas. 
Vidas limitadas, egocêntricas e materialistas. Desejos iguais, ritmos iguais, mortes iguais, repetição sobre repetição. Um ritmo insano, com milhares no escuro e em três dimensões. Uma marcha sem fim, sem linha de chegada, até o fim da vida. 
A ignorância plantada como um vírus ofusca o prazer de enxergar novos caminhos, direções e ideais. Louco é sair do comum, pensar em mudança, parar de girar a favor da correnteza de esperanças. Louco é querer novo caminho, querer ver colorido. 
Um círculo imenso de fantoches, sem ponto de vista, sem vontade de pensar, só esperando ordens, ou por conivência, conveniência ou ainda por desconhecimento. Provavelmente todos morrem antes de ver o sol brilhar lutando para manter sua condição. 
Caíram em sua própria armadilha, onde o valor foi ultrapassado pelo fetichismo. Geraram através de sua ideologia racional a era da servidão moderna. Um círculo vicioso em busca do micro-ondas. Afinal ele possibilita esquentar mais rápido o alimento, de forma que se possa trabalhar mais e ter mais renda, para que se possa comprar novos modelos de micro-ondas. 
A roda dominante fez do trabalho seu principal valor, e os servos devem trabalhar mais e mais para pagar à crédito sua vida miserável. Eles estão esgotados de tanto andar em círculos… Passam toda sua vida até enxergarem que continuam no mesmo lugar. E o medo de abrir os olhos, faz uma legião de escravos que se mantêm nesta condição. Baixam a cabeça frente aos donos da mentira, aceitam uma vida de humilhação, de permutas injustas e de miséria por medo. 
A saída do círculo vicioso, começa quando reconhecem todas as frustrações geradas pelas tramas sociais que arrastam a humanidade por séculos num caminho circular sem sentido. Falta darem ouvidos à algumas vozes relutantes que continuam a demonstrar inquietação diante da bestialidade de determinados conceitos, culturas e costumes pré-formados. Falta darem atenção às alternativas! 
Mas nós temos escolha! E mesmo assim, por que continuamos a levar a vida que nós levamos? Histórias de verdade são feitas por quem quebra regras. 
Escolha se despedir desta vida um dia de cabeça erguida andando em linha reta à luz do sol.

25.9.11

Síndrome da Culpa

Qualquer um, seja quem for, que permite que as coisas aconteçam e finge que não vê, é culpado. Tão culpado quanto quem realiza.
Se você de plena consciência, não fez o mínimo para evitar algo, não fez nada. Quantos de nós não vamos dormir culpados hoje?

23.8.11

Conteúdo Colaborativo nas Redes Socias

Semana passada, estive no programa 91 minutos da 91 Rádio Rock de Curitiba para participar de um bate-papo sobre tecnologia, conteúdo colaborativo e divulgar a idéia do meu primeiro livro chamado #Pactodesal.
Depois de exatos seis meses trabalhando nele, só agora resolvi tirá-lo do anonimato, pois ele não se trata de um livro convencional.
A estória é basicamente um romance, um triângulo amoroso entre jovens universitários, até aí nada demais. O grande diferencial dele é que os personagens possuem perfis no Twitter, ou seja, eles são como pessoas reais.
Ali, os futuros leitores poderão acompanhar os seus questionamentos, medos, dúvidas e angústias no decorrer do enredo que envolve traição, moralidade, religiosidade e intrigas.
Nos seus perfis os personagens interagem com os seguidores, ao fazerem perguntas, solicitar opiniões e sugestões para as suas principais decisões, e essa interação vai guiando o final da trama. É uma obra que utilizará do conteúdo colaborativo das redes sociais para guiar a seu fim.
O conteúdo colaborativo, creative commons, crowdsourcing e etc deixaram de ser tendência para se tornar uma grande realidade. Eles dão a outros a possibilidade de participação no processo criativo através de comentários, avaliação, compartilhamento de conhecimento para o enriquecimento de conteúdo. Ou seja, o processo criativo só tem a ganhar com isso.
Temos muitos exemplos de sucesso envolvendo a colaboração, como os casos do Linux, Firefox, o Wikipédia (que foi o pioneiro e hoje já conta com os 19 milhões de arquivos escritos), planos de negócio colaborativos, o festival de idéias, o site PotterMore e os produtos que cada vez mais recebem a participação de consumidores em sua concepção (Fiat, Tecnisa, Ruffles e etc...).
Esse conceito fomenta a participação direta dos participantes, consumidores e cria como que uma relação sentimental com as idéias, pois torna os participantes parte do trabalho e eles se identificam mais com o resultado.
Assim, têm-se mais indivíduos buscando soluções, criando, explorando alternativas e enxergando detalhes que antes poderiam passar desapercebidos por um só criador. Pessoas tendo idéias e criando a partir de novas idéias.
Eu particularmente acredito que as idéias todas são sempre construídas. Alguém tem o insight final, mas não o faz sozinho.
A internet facilita ainda mais, pois é mais democrática, não faz distinção de quem pode ou não opinar e é um espaço mais aberto. E possibilita que as pessoas possam ajudar na criação no momento em que elas quiserem, e nao sob compulsão e obrigação de um tempo ou espaço. Ao colocar a disposição o twitter dos personagens, eu os deixo abertos a captar os insigths que os seus seguidores possam ter em qualquer hora ou lugar para me ajudar na estória.
Nesse contexto, as redes sociais ocupam seu lugar como um verdadeiro fenômeno de colaboração coletiva, uma verdadeira revolução no conhecimento. Hoje, pequenos fatos isolados, podem se tornar verdadeiros fenômenos sociais.
Concluindo, eu acredito que temos um novo mundo a ser explorado. A internet e a tecnologia já provaram não ter limites e podem abrir muitas possibilidades. O que falta é deixarmos de lado o velho conceito o qual fomos educados que temos de ter destaque sempre, ser sempre o número um, ser o melhor sempre e nos aproximarmos mais das pessoas. Escutar as suas opiniões, sugestões, críticas e pensamentos.
Quando conseguirmos aliar essas duas coisas, a internet e a aproximação, muitas idéias boas e soluções inovadoras irão surgir.
Por isso, se você curtiu a minha idéia, siga e divulgue os twitters dos personagens (@leticia__ps, @marlon__ps, @james__ps, @leonora__ps, @silva__ps, @luna__ps), siga e divulgue o twitter do @pactodesal ou curta a página do livro no facebook. A participação colaborativa às principais questões polêmicas abordadas, farão toda a diferença no decorrer do seu fim

7.8.11

Democratização da Intimidade



A tecnologia de comunicação é capaz de cultivar relacionamentos mais profundos, independentemente de barreiras como distância, políticas corporativas e muito menos sobre o nosso ponto de vista pessoal sobre o assunto.

17.7.11

Retorno do Investimento em Mídias Sociais

É fato que as mídias sociais já se tornaram um canal de comunicação poderoso com os consumidores. Por isso muitas empresas já estão nas mídias sociais com o objetivo de melhorar o relacionamento com seus clientes, expandir suas marcas e principalmente aumentar suas vendas e seu faturamento.
Ou seja, as ações de marketing voltadas às mídias sociais, não só se estão se tornando uma prática comum de mercado, como também questão de sobrevivência.
Entretanto para que essas ações de marketing em mídias sociais possam ser avaliadas em termos de retorno é necessário avaliar o impacto que estas ações estão causando. Medir o retorno das ações de marketing em mídias sociais, não é impossível, mas é muito complexo. Afinal, muitos elementos que precisam ser avaliados são difíceis de monitorar.
Claro, esse tipo de dificuldade de mensuração não é privilégio apenas do marketing digital, pois a avaliação do retorno de um investimento feito no marketing tradicional também segue a mesma linha de dificuldade.
Toda essa dificuldade faz com que a grande maioria das empresas não possua um processo ou ferramentas específicas para se medir o ROI (Retorno do Investimento) de suas campanhas tanto em mídias sociais como em mídias mais convencionais, apesar de terem todo ano uma parcela considerável de investimentos para esse fim.
Simplificando, e mostrando uma fórmula padrão, o cálculo do ROI é aparentemente muito básico, ROI = (X – Y) / Y, onde X é o valor final e Y é o seu valor inicial.
Exemplificando, se você investir R$ 10,00 e receber de volta R$ 30,00, o ROI é (30-10) /10 = 3 vezes o seu investimento inicial.
Utilizar o ROI é importante para qualquer empresa, pois é uma ferramenta que a ajudará a investir melhor seus recursos, assegurar o máximo retorno possível das ações com o mínimo de investimento, ajudar a obter mais resultados sem empregar recursos maiores, ou chegar a resultados iguais com menores recursos. Em um ambiente competitivo, com forte pressão de alta de custos e margens apertadas, a empresa que melhor alocar os seus recursos certamente se sairá melhor.
Bem, no sentido financeiro, o ROI é medido exclusivamente em de reais e centavos, no entanto, esses princípios podem realmente se aplicar a qualquer tipo de investimento, monetários ou não. Por exemplo, ações virtuais como trocas de links ou banners, também podem ter o seu ROI avaliados pelos parâmetros financeiros.
A maior dificuldade do processo de mensuração do resultado é a discordância existente entre as premissas das avaliações, mas é certo que tudo em marketing e comunicação pode ser mensurado, ou seja, pode ter um índice de ROI.
Para que a mensuração seja devidamente “avaliada”, é extremamente necessário que a mesma seja validada em conjunto com a área financeira, para não se cair na perigosa armadilha de “mensurar apenas por mensurar” e ver apenas os números que se quer ver caindo na chamada miopia empresarial.
Então antes de sair medindo e monitorando retornos de mídia social, a empresa precisa ter uma idéia clara do que deseja realizar, definir a estratégia de mídia social, objetivos e metas bem definidas e validar essas idéias junto à área de planejamento financeiro.
A área financeira pode ajudar a empresa e a área de marketing na construção do ponto inicial e linhas de base concretas, que é fundamental para se calcular o retorno do investimento.
Por exemplo, se o objetivo de uma empresa é aumentar a menção dela nas mídias sociais, para medir o ROI de ações tomadas em direção a esse objetivo, ela precisará saber onde está agora. Não podemos avaliar com precisão o ROI, sem partir de alguma referência inicial.
O mesmo vale para outros componentes do marketing digital como contagem de tráfego, número de comentários, seguidores do Twitter, fãs do Facebook…
A parceria marketing e finanças potencializa as análises dos indicadores e do ROI através das perguntas corretas: o aumento de visitantes do site se correlaciona com o aumento das vendas? Existem pessoas que encontram o seu site a partir do Twitter ou do Facebook, em seguida, clicam em suas páginas de produtos ou vão para a seção de comércio eletrônico do seu site? Quanto vale tudo isso? Quanto de dinheiro foi gerado?
As métricas das ferramentas de monitoramento tem de se correlacionar com vendas, faturamento, retenção de clientes, ou outros objetivos traçados. Com campanhas de mídia social, por exemplo, um ROI bem mensurado deve levar em consideração se o seu nível de vendas aumentou, se o número de referências ao site ou ao comércio eletrônico partiu do Facebook ou do Twitter, ou se o número de clicks nos banners se reverteram em compras.
Ao colocar uma campanha digital no ar, é necessário o acompanhamento do período para chegar à algumas conclusões como: existe tendência? O tráfego até a sua loja virtual aumentou depois da postagem no Facebook? E o Twitter? O meu volume de venda correlaciona-se de alguma forma com minha campanha? Será que uma análise de sentimento no Twitter conduz a mais vendas ou mais visitas? Meus pageviews se reverteram em mais pedidos? Quanto valem esses pedidos e essas vendas geradas por minha campanha?
Encontrar tendências e segui-las de volta para seu ponto de origem é a chave para a medição do ROI, porque o resto é simples aplicação de fórmulas matemáticas. A empresa sabe quanto custa uma ação de marketing e uma vez determinado o volume incremental dessa ação é possível valorizar o lucro adicional e pode-se aplicar a fórmula do ROI. O sucesso do marketing e da comunicação só será possível com o maciço, efetivo e constante uso do ROI. A saúde financeira da empresa agradece.

27.6.11

Criatividade

A criatividade não é um dom especial que só algumas pessoas possuem.
Ela pode ser desenvolvida se buscar continuamente a informação sobre tudo que o cerca, se tiver sensibilidade para todas as coisas que acontecem à sua volta e curiosidade para descobrir o que se esconde nas aparências dos fatos, dos objetos, das pessoas.
A inspiração, o "click", é o resultado final de muita leitura, observação e análise. A inspiração é o momento em que o arquivo mental entra em ação e abre-se uma gaveta com uma grande idéia. Para que esta gaveta se abra, o arquivo tem que ser abastecido.

27.11.10

O Poder do Ócio Criativo

“A cada sete anos, o designer Stefan Sagmeister fecha seu estudio em Nova Iorque para um ano sabático, visando rejuvenescer e renovar sua perspectiva criativa. Ele explica o valor, muitas vezes desprezado, de sair da rotina e mostra como seu tempo em Bali inspirou projetos inovadores.” Tem legendas em português, é só clicar no “view subtitles”.



(via Lets Blogar)

18.9.10

Amor sem Escalas

O filme é sensacional. O título que deram para o filme aqui no Brasil foi muito de mal gosto. O filme tem muito conteúdo. Bem, veja abaixo apenas uma das passagens da história.
Depois de ser dispensada pelo namorado, Natalie (Anna Kendrick) conversa com Alex (Vera Farmiga) e Ryan (George Clooney).
Natalie – Quando tinha 16 anos, achei que aos 23 estaria casada, com um filho, escritórios com janelas, diversão à noite. Eu já devia estar dirigindo um Grand Cherokee.
Alex – A vida pode decepcioná-la.
Natalie (falando com Alex) – Onde você achou que estaria aos…
Alex – Não funciona assim.
Ryan – Em um certo momento você para de se dar prazos.
Alex – Pode ser contraprodutivo.
Natalie – Não sou antifeminista. Agradeço o que sua geração fez por mim.
Alex – Foi um prazer.
Natalie – Mas às vezes parece que o sucesso não importa se eu não estiver com o cara certo.
Alex – Você realmente achou que ele era o cara certo?
Natalie – Eu podia ter feito dar certo. Ele realmente tinha tudo a ver. Sabia?
Ryan – Tudo a ver?
Natalie – Executivo, formado, adora cachorros, gosta de comédias, 1,86m, cabelo castanho, olhos meigos. Trabalha com finanças, mas gosta de ar livre no fim de semana. Sempre o imaginei com um nome curto como Matt, John ou Dave. Num mundo perfeito ele dirige um 4Runner e, a única coisa que ele ama mais que a mim, é o seu golden retriever. E um belo sorriso. E você?
Alex – Me deixe pensar. Aos 34 anos todos os requisitos físicos saem pela janela. Você secretamente reza para que ele seja mais alto que você. Que não seja um babaca, alguém que curta a minha companhia, seja de boa família. Você não pensa nisso quando é jovem… eu sei. Alguém que queira filhos. Que goste e queira filhos. Saudável o bastante para brincar com os filhos. Por favor, deixe-o ganhar mais dinheiro que eu. Pode não entender isso agora mas, acredite em mim, você entenderá um dia. Senão, é uma receita para o desastre. E um pouco de cabelo na cabeça. Mas nem isso é um problema atualmente. Um belo sorriso. É, um belo sorriso pode ser suficiente.
Natalie – Uau, isso foi deprimente. Eu devia sair com mulheres.
Alex – Já tentei. Não somos tão agradáveis.
Natalie – Não me importo de casar com a minha carreira. E não espero que ela me abrace na cama ao adormecer. Só não quero me acomodar.
Alex – Você é jovem. Acha que acomodação é fracasso.
Natalie – E é, por definição.
Alex – Mas quando achar a pessoa certa, não vai mais parecer acomodação. E a única pessoa que restará para julgar você será a garota de 23 anos com um alvo nas suas costas.

31.7.10

Os Cavaleiros do Apocalipse das Organizações

É segunda-feira. Motivo suficiente para alguns sentirem algum grau de aflição e ansiedade. Afinal, é mais uma semana que se inicia. E é a partir daí que você uma hora ou outra se confrontará com um dos cavaleiros do apocalipse do mundo corporativo!
Talvez você diga: “Bem, agora ele pirou de vez”, ou, “Isso é muita viagem para minha cabeça”, ou então, “Me recuso a continuar a leitura por que essas coisas não têm comparação”. Seja como for, continue ou não, segue...

“...um cavalo cor de fogo; e ao que estava sentado nele foi concedido tirar da terra a paz, para que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada...”

A “grande espada” desse cavaleiro simboliza a guerra, o desacordo. Esse cavaleiro do mundo corporativo consegue fazer muito estrago pelos lugares onde passa. É divulgador de fofocas, espalha inverdades (principalmente quando seu crescimento profissional está em jogo), adora uma discussão, se sente muito a vontade em falar alto, desrespeitar outros, meter a boca, falar palavrão, mostrar poder. Nas reuniões essa típica figura é sempre revelada. Bate na mesa, bate o telefone, causa intrigas, discorda das coisas apenas pelo prazer de discordar. A figura maligna é especialista em testar a paciência dos outros, em provocar, em fazer você de palhaço, em humilhar e em torcer para que você saia de si. Eles adoram ter algum motivo na manga...
“Guerras contínuas” e “ameaças de guerra” pesam ainda muito mais sobre a geração mais nova (chamem da letra que acharem melhor). A geração “qualquer letra”, geralmente, ao bater de frente contra esse cavaleiro, pode receber para sempre o rótulo de que são profissionais sem juízo, imaturos e desequilibrados, prejudicando assim a sua vida profissional, às vezes sem reversão.
Profissionais afetados pela “guerra” aprenderam a contar o tempo em horas e dias, em vez de em meses e anos.,,

“... e eu vi, e eis um cavalo preto; e o que estava sentado nele tinha uma balança na mão. E eu ouvi uma voz como que no meio das quatro criaturas viventes dizer: ‘Um litro de trigo por um denário, e três litros de cevada por um denário; e não faças dano ao azeite de oliveira e ao vinho...”
Vive faminto do convívio com a família? De ver os amigos? De ter tempo livre? De aproveitar mais a sua tão curta vida? Então...milhões vivem. São diretamente afetados pelo cavaleiro do cavalo preto, que denota fome, restrição. Esse cavaleiro do mundo corporativo adora horas extras. Não se preocupa com sua vida pessoal e muito menos com a vida pessoal dos seus funcionários. Faz todos trabalharem muito, às vezes sem comida, sem água, sem ar-condicionado, sem paz e principalmente sem motivo! Ah! Como adoram uma reunião...
Se existe lei contra hora-extra e a exploração alheia, ele passa por cima da lei, obriga seus funcionários a baterem o cartão de saída e voltarem para o trabalho. Afinal, o cavaleiro é a lei!
Ele pergunta se você tem planos no final de semana pela simples intenção de acabar com eles ou estragá-los. Te pressiona, te liga nos mais diversos horários, não quer saber de seus problemas, te deixa com fome, restringe sua vida. Não percebe que uma hora a mais de trabalho é uma hora a menos daquilo que você tem de mais importante na vida. Usa como desculpa a organização, mas como? Se a organização tem outros valores e faz um discurso completamente diferente?
Ao encontrar com esse tipo de cavaleiro, o resultado é que seu cachorro passa a não te reconhecer mais, seu filho te chama de tio, sua esposa passa a desconfiar de você, seus amigos sentem sua falta, sua vida vai passando e tudo ao redor também... Sim, a cavalgada do cavalo preto afeta direta ou indiretamente todo mundo.

“... e eu vi, e eis um cavalo descorado; e o que estava sentado nele tinha o nome de Morte. E o Hades seguia-o de perto. E foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com uma longa espada, e com escassez de víveres, e com praga mortífera, e pelas feras da terra...”
A “morte” cavalga o cavalo descorado, e a “praga mortífera do downsizing”, da demissão desrespeitosa, do assédio moral, são apenas uma das várias maneiras em que a vida profissional de muita gente está sendo tragada durante a cavalgada deste cavaleiro.
O assédio moral, o assédio sexual, o desrespeito, matam! São situações muito piores do que uma demissão propriamente dita. A pessoa que sofre tais abusos perde a auto-estima, perde o amor próprio e pode até mesmo perder a vontade de viver. Depressão!
E como são situações comuns no dia-a-dia. Seja na simples criação de um apelido até uma tentativa de agarrar alguém à força no elevador... ou da humilhação em público ao convite inesperados e sem escrúpulos via SMS...
Liberdade exagerada, falta de educação, poder nas mãos erradas.
Felizmente muitas organizações estão tendo bom êxito em coibir atitudes como essas. Estão agindo severamente aos casos relatados. Felizmente! Mas mesmo assim, ainda tem muito cavaleiro descorado solto por aí.

“... e eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória...”
Na aula de Gestão de Pessoas, que você matava, aprende-se que é papel do líder é administrar conflitos e tomar decisões, sendo o líder aquele que forma pessoas e que se preocupa pessoalmente com seus “seguidores”.
O professor afirmou que as nossas relações como líder dentro da empresa devem ser sempre muito profissionais e que devemos definir claramente qual é o papel de cada funcionário.
O poder do líder está em servir em não aparecer e fazer com que a equipe desenvolva o seu trabalho.
“O pior líder é aquele que odiamos, depois vem aquele que tememos, em seguida, o que idolatramos. Mas o bom líder é aquele que, depois de terminada e completada sua tarefa, todos dizem: fomos nós que realizamos essa obra. O melhor líder é aquele que as pessoas mal percebem sua presença.” (Lau Tai)
O líder deve sempre delegar tarefas, dar chance de o funcionário crescer, fazê-lo descobrir o seu valor pessoal e o seu valor dentro da empresa.
As pessoas querem crescer, querem ser vistas, respeitadas, reconhecidas e serem ouvidas, e que o salário de um funcionário não é um fator motivacional, é fundamental!!!
Isso mesmo! Não só de notícias ruins vive o mundo corporativo. Você pode ter a chance de encontrar o cavaleiro branco e aprender com ele o que significa uma boa gestão de pessoas. Mas não espere isso de engenheiros!!!! Nem sempre, quando se trata de gente, 2+2 é 4!
Dá prazer trabalhar quando se encontra um ambiente com ética e num grupo que é reflexo de um líder assim.
Resultados para as organizações, todos podem dar, mas a que preço? E os fins? Sempre justificam os meios?

Claro que o verdadeiro significado dessas criaturas simbólicas (encontradas no livro bíblico de apocalipse) é completamente diferente do que o texto acima se refere. Apenas fiz uma tentativa de analogia, comparando-as às situações que ocorrem no dia-a-dia das organizações.

14.7.10

Procura-se um Criado Mudo

Procura-se. Procura-se um Criado-Mudo.
O candidato ao cargo vai ter a função de auxiliador, vai portar funções os quais outros não pretendem se responsabilizar e carregar.
O candidato tem de ter a característica de um objeto inanimado e ter utilidade prática equivalente à de um mordomo, e levará o título de Criado-Mudo.
Aqui não temos por objetivo criar resultados, aumentar os lucros e ou inovar através dos móveis.
Acreditamos que o futuro do nosso negócio não está com os móveis que tem vontade própria ou idéias. Queremos Criados-Mudos.
Queremos alguém que se coloque na sua posição de menos favorecido e de pouco cérebro e que nunca tenha tido contato com as palavras empreendedorismo, melhoria contínua, idéias, voz ativa, desejos e/ou anseios de carreira.
Somos um local onde temos as melhores estratégias para altos cargos e que não precisamos de grandes e/ou ótimos executores na ponta. Tudo funciona, de mentirinha, mas funciona.
Não oferecemos suporte e muito menos recursos financeiros, e o candidato deve ter a consciência de que o ser Mudo é essencial para a paz interna do nosso negócio. Manteremos a paz a qualquer preço. Não nos importaremos em manchar o Criado-Mudo se necessário. Mesmo que a mancha dure para sempre e o móvel perca valor de mercado.
O Criado deve estar contente em morrer na pobreza e se contentar em ficar Mudo diante da riqueza e das promoções alheias.
Não prometemos e não damos sentido à vida de ninguém. Mas queremos serviço quieto de qualidade. Queremos um objeto sem vida, sem problemas, sem vontades, pois não vamos colocar valores humanos dentro do nosso pensamento de negócio.
O candidato tem de estar disposto a entender que não serão promovidos Criados por mérito, mas que o discurso sempre será diferente disso. Nunca será analisada a capacidade de liderança e estaremos de olho em qualquer tipo de mudança comportamental para colocar cor e classificar o móvel.
Ter relacionamento bom é imprescindível ao cargo. Relacionamento de servidão.
O Criado-Mudo deve ter consciência de que o lixo é o caminho para aquele de pensar em analisar qualquer proposta que não seja a que oferecemos.
Nosso negócio é inteligente, rico e próspero. Damo-nos o luxo de escolher os melhores Criados.
Seja nosso Criado-Mudo. Venha participar do nosso quadro de móveis que não sabem o que querem, que não sabem ver oportunidades e que acreditam no quanto o mundo é complicado aí fora.

1.5.08

Combate às Aparências

A revista IstoÉ publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Resolvi colar esta entrevista na íntegra, pois trata-se de um ponto de vista que considero extremamente válido e que pessoalmente acredito muito. Aí vai:
Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorização das aparências e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?



Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe..
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura..
Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ - O senhor citaria exemplos?


Shinyashiki - Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio.

ISTOÉ -Por que tanta gente se mata?


Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido,mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTOÉ - Qual o resultado disso?


Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTOÉ - Por quê?


Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ - Há um script estabelecido?


Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz, "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso simplesmente significa que quem fala a verdade não chega a diretor.

ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?


Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?


Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?



Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?


Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem super-fracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?



Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui: Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou
vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?


Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe! Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
Perfeito!!!!

16.3.08

A Importância do Planejamento

Por mais que existam correntes contrárias, o planejamento leva, sempre, vantagem sobre a improvisação, e que, portanto, nenhuma administração consegue ser eficaz sem planejar. Ninguém consegue administrar uma vida, uma família, uma empresa ou qualquer outra coisa sem um plano, sem um “norte”, sem saber onde quer chegar.
Trata-se de uma evolução, sair do primitivo estilo improvisado para o estilo proativo (o de construir o próprio destino).
Quando tratamos de empresas em especial, o orçamento, como expressão escrita e detalhada do interesse comum da empresa, é uma das mais completas ferramentas de coordenação e controle com que pode contar a administração competente.
O controle consiste na comparação entre o desempenho real de uma empresa e o seu desempenho planejado, para identificar desvios com tempo suficiente para a sua correção assegurando, dessa forma, o cumprimento da meta anteriormente definida.
O orçamento provê o mais detalhado e completo instrumento de controle até hoje disponível. Na verdade, em relação a toda a evolução das técnicas modernas de acompanhamento de receitas e custos, nada, ainda, se compara ao orçamento em termos de eficiência no exercício da função administrativa de controle.
O orçamento constitui um destacado instrumento de informação da situação financeira da empresa perante os seus parceiros externos, tais como acionistas, bancos, fornecedores, clientes, entidades públicas etc. Dando assim tranqüilidade a todos os stakeholders.
Apesar de todas as vantagens, uma série de problemas permeiam um plano e a área de planejamento de diversas organizações.
Um deles é a sobrecarga de trabalho. Uma das causas dessa grande carga de trabalho advém do fato de que, sendo um sistema articulado e cheio de interdependências, o orçamento é como um castelo de cartas que pode ruir por inteiro, a cada movimento que se faz: não se pode alterar um elemento sem que todos os demais da cadeia sofram ajustes correspondentes. Assim, qualquer erro ou má interpretação de um analista, de um supervisor ou de um gerente pode resultar em um re-trabalho total e de todos várias vezes.
Para agravar a situação, o orçamento não é, em geral, um sistema linear, mas um sistema de vaivém que lembra muito um jogo de tentativa e erro: geralmente, a Diretoria não pode visualizar, antecipadamente, os efeitos finais de uma decisão básica, como, por exemplo, a escolha dos volumes e da política de preços a serem utilizados para desenvolvimento do orçamento.
Dessa forma, é comum que, uma vez desenvolvido o orçamento preliminar, a Diretoria, por não se agradar dos resultados, decida alterar as bases originalmente utilizadas, acarretando o conhecido re-trabalho total: começa-se, praticamente, tudo de novo.
Outro problema destacado é o chamado “ciúme executivo”. Ou seja, a maioria dos executivos parece ter mais ciúmes do seu serviço do que de qualquer outra coisa.
A posse exclusiva da sua posição dentro da empresa parece ser uma condição essencial de segurança para ele – aquela é “sua” área, o “seu” departamento, o feudo exclusivo onde só ele manda e desmanda, faz e desfaz. Ali, ninguém mete o bedelho e ninguém sabe mais que ele.
Ora, sob um regime de controle orçamentário, esse sistema de administração fica comprometido, uma vez que as células organizacionais da empresa, sejam elas departamentos, áreas, seções ou o que forem, subordina-se ao interesse maior da organização. Isso limita a liberdade do gerente responsável, obrigando-o discutir previamente o orçamento e obrigando-o a explicar as razões de variações identificadas.
O sistema de controle orçamentário e de planejamento não é perfeito, pois é liderado e construído a partir de pessoas imperfeitas. As pessoas se tornam cada vez mais complexas e a vaidade cada vez mais arraigada no coração das empresas. E é ela, a vaidade que vai ditando as horas extras, as contingências nos planos, a falta de honestidade, o perfeccionismo e por fim a desorganização e um monte de executivos perdidos. Ou seja, apesar de todos os problemas, um plano fica completamente comprometido quando o jogo de interesses interno toma conta e o produto final, que seria uma estratégia bem definida para a empresa, fica jogada de lado.
Outro enorme problema é a falta de comunicação. Comunicação entre as partes que realizam o orçamento e da empresa para os funcionários. Nem sempre os objetivos e estratégias por trás de um plano são amplamente divulgadas. Muitas vezes apenas o alto escalão executivo e a área de planejamento têm em mãos o plano. Mas esquecem-se de que a empresa é mais e é maior que a sala de vidro que ocupam. E a falta de comunicação é a principal arma da vaidade. A informação é o ponto de partida para alguém que quer destaque na frente do gerente, do diretor e do presidente.
Mas a grande sacada e a solução está na constante evolução dos pensamentos e dos métodos que fizeram muitas teorias administrativas aprimorarem e que consequentemente melhoraram a gestão das empresas atuais. Assim, esperamos as cenas dos próximos capítulos.

24.9.07

Futuro é Feito no Presente a partir do Passado

Acredite, um grande problema enfrentado pela maioria das pessoas é o fato delas passarem a maior parte do tempo preservando o passado, estarem constantemente engajados no dia-a-dia e esquecerem ou (como alguns dizem) não terem tempo de criar o seu futuro.
Pensar o futuro acaba sendo uma maldita amolação, cujo comportamento imprevisível prejudica a moleza, a paz, e a comodidade do dia-a-dia.
Na vida atual, a necessidade do curto prazo, sempre urgente, descarta o importante e o planejamento fica esquecido, comprometendo o amanhã.
E mesmo que estas pessoas, creditando todos os seus méritos ao sucesso e a aparente felicidade presente, não se preparam para enfrentar as mudanças que estão por vir.
E vale a pena lembrar que a humanidade nunca, nunca mesmo, passou por mudanças tão radicais e com a velocidade que estamos vivenciando nos últimos anos.
Mudanças no campo tecnológico, cultural, econômico, enfim, de todos os lados e tamanhos, o qual muitas vezes não nos damos conta..
É hora de acertamos os ponteiros. As pessoas devem ser conduzidas por idéias que utilizam-se de informações do passado, atuem eficientemente no presente, mas que principalmente planejem levando em consideração o futuro que cada vez mais é presente.
Há necessidade de uma transformação pessoal, pois o ritmo das mudanças no mundo é mais rápido que se imagina.
E hoje a disputa é grande. E a adaptação das pessoas frente a esta realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência.
Notem que o sonho acabou: salários gordos e estáveis, nunca mais; empresas inchadas, nunca mais; pessoas lentas em suas decisões, nunca mais; emprego para pessoas sem instrução, nunca mais; vida tranquila, nunca mais e principalmente, ser medíocre, nunca mais.
Precisamos, rapidamente, criar melhores bases de premissas possíveis sobre o amanhã, e assim, desenvolver a modificação necessária para moldarmo-nos à evolução que não tem mais volta, não tem mais volta!!! Passou!!!
Não basta olhar o que se vê, é preciso ver o que se olha. O importante é ver o futuro antes que ele chegue.
Precisamos pensar diferente. Não se pode obter resultados diferentes, fazendo a mesmas coisas.
Todos nos deveríamos trabalhar mais em cima de estratégias visando o futuro, ao invés de simplesmente fazer a manutenção do presente e saudando o passado.
Precisamos planejar a vida e termos um norte. Aí sim conquistaremos o maior desafio: estarmos vivos aos 100 anos e fortes amanhã. Já pensou nisso?

26.6.07

Prostituição ao Mercado Aberto

Durante algum tempo, procurei respostas sobre o porque a sociedade brasileira possui uma legião de “líderes” despreparados, sem informação, sem conhecimento e sem competências para estarem onde estão.
A resposta é importante pois isso ocorre em todos os campos, seja ele no ambiente profissional, no círculo de amigos, na sua igreja, no ambiente acadêmico e principalmente no ambiente político.
Em relação ao ambiente político, vamos deixar para entrar mais afundo nisto outro momento. As evidências, provas, cabeças de gado e etc nos dão um campo amplo de informações e idéias a respeito do que escrever.
Mas o quero destacar é que existe um problema que quase ninguém vê, mas que quase todo mundo sente, que é o fato da sociedade brasileira ter de forma muito arraigada a questão da hierarquia.
A posição e o status são as coisas mais importantes sempre!
Não cabe ficar discutindo aqui quais os motivos que nos levaram até aqui, se é a descendência, a falta de educação, as raízes da escravidão e etc. Mas não temos como negar um comportamento vertical e altamente desigual tão presentes no dia-a-dia.
O mundo tem um conceito de que o brasileiro é gente boa, amigão, alegre, samba, carnaval e etc....Mas o que se percebe é que não é bem assim.
Os brasileiros em geral são legais apenas com três tipos de pessoas: membros da família, puxa-sacos profissionais, parceiros do crime ou amantes.
Se você está fora deste contexto é bem provável que seja colocado numa posição abaixo das pessoas que estão neste círculo.
Hoje em dia, não importa mais a preparação, conhecimento e estudo na sociedade brasiliera. Estar debaixo da asa de um grande é que garante o sucesso.
Aí surge a pergunta: qual é o seu nível de prostituição? Até onde você está disposto a ir em renegar seus ideais, valores, conceitos e vontades em troca do sucesso e do puxa-saco generalizado? Vamos continuar aceitando lideranças sem o devido respaldo técnico?
Se você acha que isso é normal, então não reclame se por ventura o Clodovil votar ações econômicas deficientes ou se seu chefe te incomoda.
A dinâmica é simples, ou estude, evolua, leia e questione ou aceite tudo e viva na prostituição.

10.5.07

Homens Invisíveis

Difícil de aceitar e de ver, mas um dia nasceu um homem invisível.
O sujeito passou a infância sem ser notado. Ninguém enxergava as suas necessidades de uma criação melhor e de uma educação melhor. O homem invisível mal era percebido por seus próprios pais.
Eles não enxergavam suas virtudes, suas fraquezas e seus verdadeiros potenciais. Não sabiam o que exatamente esperar, eram românticos demais.
O menino invisível, sofria, pois era mediano, era medíocre. E assim ele cresceu!
Agora, o adolescente invisível, tentou aparecer, apavorando....mas nada adiantou. Para todos, principalmente para as meninas, ele era muito invisível.
Mas, nosso perseverante invisível, não desistiu. Acho que a fórmula da aparição viria dos bens que conseguisse, da roupa da moda, do carro, do celular e de outros acessórios mais.... adiantou? Nada!!!! Invisível, imperceptível.....
Mas todo este esforço, lhe custou uma boa carreira.
Hoje é um executivo de uma grande empresa, com alguns anos a mais de idade e uma carreira sólida.
Diretor da Divisão da Falsidade Invisível, é bem sucedido.
Respeitado no segmento onde atua. Tem um bom salário e benefícios. Mora numa boa casa e num bom bairro. Viaja periodicamente para o exterior.
Ele conseguiu quase tudo que outros invisíveis querem e buscam para a carreira.
Pois bem... Mas uma coisa continua a incomodar nosso bem sucedido imperceptível. Como um inisível requisitado, como um bem sucedido executivo da multinacional também invisível, qual seria o seu legado? Seria o de continuar sem ser notado?
Além de pagar impostos, como é que ele poderia causar realmente um impacto na sociedade e deixar o anonimato que o acompanha durante toda a vida?
Ele é um sucesso. Mas é invisível!
Você também se sente assim, ou perseguindo este fim?
Que tal então decidir usar os talentos e os recursos que obteve na carreira ou de experiência de vida, para fazer coisas que a maioria das pessoas não faz?
Que tal fazer uma viajem para um lugar onde normalmente ninguém vai?
E que acha de escrever alguma coisa, um livro, um artigo, coisa que pouquíssima gente faz?
Se é mais moderno, por que não criar um site? Passar a escrever e a distribuir pela internet.
Tudo coisas incomuns, que quase ninguém faz.
Será que essa não é a fórmula da aparição tão sonhada?
E que tal começar a causar impacto sobre a vida das pessoas! Dividir conhecimentos, novos aprendizados, novas crenças? Que tal ajudar outros e tornar a nossa vida diferente?
Que saber? Num mundo competitivo, ser mediano, jogar pelas regras, fazer o que todos fazem, agir pelo consenso, é ser invisível.
Coragem! É isso que nos faz fazer coisas diferentes e assim não mais visualizar nosso futuro. Exatamente o que a maioria das pessoas não quer.

10.4.06

Os Dez Mandamentos da Dominação

1. Tornar a pessoa invisível
Fazer a pessoa se calar por mostrar aos outros que ele não sabe de nada e que é um ignorante por completo. Objetivo: fazer todos ignorar a pessoa completamente.
2. Ridicularizar a pessoa
Manipular os argumentos da pessoa de forma a deixar claro que as idéias dela são ridículas e desimportantes.
3. Omissão de informação
Não contar à pessoa informações importantes. Objetivo: torná-lo ignorante.
4. Castigo duplo
Deixar a pessoa em uma situação em que não há possibilidade de acertar. Não importa o que você faz/diz, será sempre errado.
5. Atribuição de culpa e vergonha
Fazer a pessoa se envergonhar de suas características, ou insinuar que a culpa é da pessoa por algo que ela fez.
6. Mentir para escapar
Sempre que possível minta para prejudicar uma pessoa ou para te livrar da culpa.
7. Sempre hora-extra
Exija sempre da pessoa horas-extra, mas nunca pague, para que ela não tenha convívio pessoal, não encontre a família e muito menos tenha informação de amigos.
8. Promova quem não merece
Sempre que possível cause desânimo, armagura e desespero na pessoa por fazê-la se sentir inferior por ganhar menos que outro trouxa.
9. Tenha filhos
Sugira que a pessoa tenha filhos para que nunca mais tenha tempo, nunca mais tenha dinheiro, nunca mais tenha paz, e para que outros possam julgar o seu modo de educar e possam atirar pedras.
10. Ridicularize
Roubar idéias da pessoa e ridicularize-a diante de outros para que ninguém atribua a ela as idéias que você roubar.

19.1.06

Fênix: Renascendo das Cinzas

A Fênix, segundo o que relataram Heródoto ou Plutarco, é um pássaro mítico, de origem etíope, de um esplendor sem igual, dotado de extraordinária longevidade, e que tem o poder, depois de se consumir em uma fogueira, de renascer de sua cinzas. Quando se aproxima a hora de sua morte, ele constrói um ninho de vergônteas perfumadas onde, no seu próprio calor, se queima. Há variações que acrescentam que, além do renascer, essa ave tinha a capacidade de pressentir o cheiro de um fim, e ia ao seu encontro, jogando-se contra o fogo para que se cumprisse o seu destino.
E humanamente, como chamamos quem renasce de si? Ou melhor, será que nós, pobres mortais temos tal força? Será que temos força para pressentir o cheiro de um fim e mesmo assim nos lançar mortalmente ao encontro deste com bravura, dor, coragem, medo, tristeza, lamento, altivez, tontura, com toda nossa bagagem, ao encontro do que nos espera, porque sabemos que do inevitável não se pode fugir?
Será que temos força para sobreviver para ensinar aos outros que é possível renascer?
Será que temos força para expor nossas dores, nossos medos, nossos temores, com naturalidade e sabedoria, porque é assim que tem que ser ? E assim que é o correto?
E a fênix pousou sobre meu consciente no meio desta quinta-feira.
É que nesse mundo, minha atividade mais constante é o de observar. Do que vejo e sinto, procuro escrever.
Vivo na pele que é difícil viver esse estado que se adquire, a te ter de sobreviver às dificuldades que aparecem, aos desafios que se apresentam, ao medo do futuro e a dificuldade que é renascer da morte dos próprios sonhos.
Mas sei que é possível. Renascer como fênix. Concentrar forças em torno de si, enfretar o futuro com todas as suas dificuldades e vencer.
Nessa hora a fábula e a vida real estão dançando juntas. A primeira é a mestra, a segunda a aluna.
Assim como a ave mitológica que tenta ensinar a recolher o pó da combustão de nossas substâncias essenciais porque será dele que virá a nova vida, precisamos ir ao nosso encontro.
Precisamos virar a esquina do pesadelo com a consciência clara de que de nossas cinzas faremos nova vida e novos sonhos. Renasceremos das próprias dores e do próprio fim. Mas não fugiremos dos problemas, mesmo que isso resulte em estar no fundo do poço. Por que assim como a fênix, ao renascer, renasce sempre melhor e mais belo.

22.6.05

Diário de um Computador

Querido diário,
Hoje é quarta. Minha consciência pesou e por isso resolvi escrever.
Para mim nem sempre os fins de semana são tranquilos, pois trabalho forte durante a semana e nunca me desligo completamente aos sábados e domingos. Sempre fica alguma coisa me incomodando.
Mas preciso confessar que agora foi diferente. Por que nesses dias fiquei com dó. Com pena mesmo! Do meu usuário.
Tudo começou no sábado. Eram 09h15 da manhã e meu usuário tinha chegado. A princípio ele estava meio cansado, entretanto animado. Acho que o coitado achava que iria me desligar mais cedo. Bem, não foi isso que aconteceu. Ele ficou aqui na minha frente das 09h15 até as 22h35, e durante esse período, muita coisa foi feita, perdida, mudada, errada, e etc...Tudo por nada e por um nada.
Quando ele foi embora depois de tantas horas de trabalho eu fiquei mal. Sério. Como pode um pobre homem tão jovem, ficar aqui fazendo e refazendo planilhas inúteis enquanto o sábado, o futebol, as festas e a noite vão indo embora?
A animação dele se transformou em frio, fome, sono, raiva e revolta. Ele falava de uma coisa chamada hora extra... Então ele foi embora.....e finalmente fiquei em off.
O domingo passou muito rápido e quando menos percebi lá estava meu usuário chegando. Sentou na minha frente as 08h50 e só saiu as 03h15 da madruga. Aí foi o climax da minha depressão. Como pode aquele mesmo homem que saiu cansado daqui no sábado, chegar na segunda bem cedo e ficar aqui nas mesmas planilha e aguentando as mesmas idiotices por quase 16 horas? Me deu uma vontade enorme de chorar, mas não pude, por que sou computador. Mas fiquei mal. Vi vários rostos do meu usuário. Rosto de sono, animação, fome, sono, cansaço, sono, fome, frio, desespero, sono, sono, fome, raiva, revolta, nervoso, sono e etc...
Novamente...tudo por nada e por um nada. Fiquei pensando: Onde estaria a família desse homem? Onde está a motivação desse homem? Será que ele é normal?
Mas ele não parou aí, pois na terça ele estava aqui de novo às 09h00 da manhã.
Eu que sou máquina já estava cansada, imagine o pobre do meu usuário! Meu monitor estava derretendo de tantos números e eu ficava imaginando como estava a cabeça desse homem. E lá vai ele, terça a dentro com números, planilhas, cálculos, cansaço, depressão, taquicardia, desânimo e decepção.
Fiquei com um aperto nos meus circuitos integrados. Hoje é quarta e meu usuário está com cara de poucos amigos e cansado. Sorte a minha ser máquina e poder trabalhar como tal.

14.4.05

Nunca Desista dos Sonhos

Nunca desista de seus sonhos ou de seus objetivos. Tenha consciência que nessa vida nada é fácil, nada mesmo!
Seja persistente e mesmo que às vezes tenha de dar um passo atrás para dar três para frente, faça isso!
Não desista de correr atrás do seu papa-léguas e não se deixe abalar pelas bigornas que venham a cair na sua vida.
Problemas todos nós temos e é a forma como lidamos com eles que faz toda a diferença. Prepare o foguete para colocar nas suas costas.