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24.1.17

A Matéria Escura que Preenche a Realidade

A escuridão toma conta. São reflexos e reações de densos e pesados pensamentos. Alimentando sentimentos.
De repente ela está lá! Matéria escura, moldada em coisas ditas, sentidas, feitas e não feitas para você. 
De pouco em pouco ela envolve, perturba. E por mais que você procure seguir adiante, engolindo tudo goela abaixo, é pior, pois aí ela te preenche.
Trevas. Dia a dia, resultando em trevas. Uma análise fria dos fatos, dos anos, das escolhas, do caminho.
Nossa vida se torna uma grande penumbra. Existimos, mas não existimos. Somos, mas ninguém vê. Fazemos, mas estamos camuflados.
Escuro. Tudo aquilo que usávamos para iluminar já não é suficiente, não basta, não resolve, não serve mais. Fazemos perguntas, e uma a uma elas se apagam.
Nos movendo sem enxergar, de mãos dadas com a “ingratidão” e abraçado com o “não faz mais que a obrigação”, a gente tropeça e não sai do lugar.
Matéria escura, que faz calar, nos faz silenciar grupos, nos faz tirar o som das notificações, nos faz não querer mais responder, nos faz não querer mais estar a disposição de quem pinta nossos dias, nossa vida, nosso sonho, nossa essência de preto.
Preenchidos de escuridão, sufocados, está difícil demais respirar. Apagaram nossa luz. E a gente é uma mistura de "desistência" com "seguir adiante", esperando alguém ou algo disposto a nos ver, a se importar, disposto a atravessar as sombras para nos encontrar.

10.11.16

Viva os Abalos que não Tornam a Vida Linear

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E a gente não para de sentir, nunca paramos, é impossível depois de certo tempo. É automático, é o efeito da droga mais potente e destrutiva que já existiu, morremos mil vezes, reduzidos a nada sempre, e acabamos gostando cada vez mais disso. 
Totalmente abstinentes de melancolia, estar contente parece uma tarefa árdua e quase impossível. Pois, depois de tudo posto, o que sobra é o sentimento de que apesar de inseridos em um contexto, nunca quisemos nada com tudo isso, e acabamos nos tornando autores daquilo que não é, não foi e nunca será nosso.
E no meio dessa confusão sem nome e nem endereço, vez ou outra, o chacoalhão aparece. Seja em forma de decepção, seja uma visão, seja uma palavra dita, seja uma palavra não dita, ou na forma de um mundo todo que passa a se apresentar para nós em tons pasteis. 
A melhor recompensa que temos dessa coisa que aparece para chacoalhar nossa vida, é ela ter aparecido. Principalmente aquele momento que mostra o que não é, desmistifica uma situação, quebra uma verdade, sacode uma estrutura, desfaz uma ilusão nos permitindo pequenos vôos...
Não é por amor, não é por paixão, é por questão. É por necessidade de continuar navegando pra qualquer direção que nos traga um propósito. É algo que ultrapassa a própria razão. 
Restabelecidos pós movimentos, voltamos para terra firme e nos permitimos outra vez, e outra vez, outra vez. Enquanto isso a levianidade e a aparência aliviam o sufoco, é o que alimenta nossa máquina de centrifugar a rotina. 
Estar sempre à espera requer mais paciência do que alma. Alma é apenas marionete do sentido. A brevidade da alma passa a não fazer diferença quando passamos a encarar a realidade que não tínhamos. Pois passando por isso, outros se tornam apenas outros, coisas apenas coisas e situações apenas diversões.
Transformados, atingimos um estado que jamais voltará a ser normal. Acontece sempre, pois as movimentações da vida nunca são lineares.

22.2.16

O Olhar que Contempla o Cárcere

É na imagem daquelas curvas retas, que contornam os pensamentos, que a falta de oportunidades toma forma. Assim, um universo inteiro de possibilidades morre de fome. A indiferença veste rosa, amarelo, preto... não por mal, mas por não!
A vida se arrasta, desliza pelo ensaio de porquês, pelas milhares de perguntas sem resposta que você não sabe responder. Por que você nunca está, nunca esteve, nunca foi. São só borrões e distorções.
O cotidiano é feito de diálogos imaginários, supondo poréns, escondendo reféns, maquinando álibis... Uma sequência de discussões infinitas e consequências malditas.
E assim vamos nos acostumando, explicando motivos, justificando ausências, implorando razões, adubando esperanças, esperando a chuva dessa nuvem de tristeza que nos acompanha. Querendo arrancar verdades, delirando possibilidades, colhendo certezas que talvez nunca teremos, palavras que nunca ouviremos, emoções que nunca sentiremos, verdades que nunca saberemos, gostos que nunca provaremos.
A realidade é um tapa na cara, que derruba nossos próprios argumentos entre a mente e o coração. Cheia de fragmentos intransitivos, transitivos diretos e indiretas, espalha pelo tapete do corredor da rotina todos os delitos, julgamentos, amarguras, decepções, intenções, repetições, vergonhas e indecisões.
Vivemos ausências, nos conformamos com o mínimo, com o indigesto, com o dissabor, com o que tem.
A impossibilidade nos faz de fantoches, é um verdadeiro deboche, é crueldade pronta para colocar no diário. É preciso matá-la a força, mas não o fazemos, porque apesar de tudo, a impossibilidade muitas vezes, apesar de inquisitória, nos é confortável.
E no fim, seguimos com esse monólogo platônico a caminho do abismo. E o que fica é a certeza de que tudo que se deixou de viver foi motivo de uma loucura desvairada de obrigações, medos e privações de todos os lados desse cárcere inexplicável e improvável.

19.3.15

O Segredo do 1%

O que motiva não são os 99% que ignoram, mas o 1% que se importa. 
Não são os 99% que duvidam, mas o 1% que emagrece. Não são os 99% que acham que não precisam, mas o 1% que te contrata e te indica. Não são os 99% que dizem que vão, mas o 1% que vai. Não são os 99% que vão para a Disney, mas o 1% que não se contenta só com férias. 
O que importa não são os 99% que não fazem, mas o 1% que se dedica. Não são os 99% que passam, mas o 1% que te ama. Não são os 99%, o segredo está no 1%.

16.10.14

Vencendo a Morte com a Realização

Às vezes está no papel, às vezes só na imaginação, às vezes apenas passa pela cabeça. Mas está lá! Cada detalhe do futuro incrível que te espera, repleto de alegrias, sucesso, amor e conquistas financeiras. E o nível de detalhes é proporcional ao empenho que tem tido e ao tempo que tem gasto para efetivamente realiza-los.
Movido pelas grandes histórias que vê por aí, seja no Facebook, seja na descrição de sucesso de outros, seja nas experiências de conquistas alheias, dentro e fora do imaginário, você sonha com aquele que será o seu momento. O momento de saborear a tão desejada conquista material, amorosa e emocional.
Como se alguma entidade mágica, o acaso, o destino ou até mesmo Deus já tivesse reservado, com nome na lista e data, o seu auge.
Mas a realidade é outra. Os dias, semanas, anos vão passando. A velhice vem se instalando, sem legado, sem nada de especial, sem marcar presença, sem conforto material. A realidade da roda comum e medíocre do mais do mesmo, do loop infinito de começar e terminar sempre onde se começa e termina. 
É difícil aceitar, e assim não se batalha da forma correta, no local correto, no mercado correto, no relacionamento certo, na pessoa certa, sem persistência, consistência e coerência. E aquele momento cada vez mais pregado ao imaginário.
Ao invés de ficar imaginando tudo que poderia estar fazendo, conhecendo, arriscando, falando ou realizando, é necessário sair, se livrar de conversas e pessoas levianas, trocar, fugir, mover.
Sair, porque por mais que sonhos sejam combustíveis, é preciso o primeiro passo, nem que seja em direção à uma pessoa para um novo amor.
Entretanto, ao invés de arriscar e tentar mergulhar na possibilidade do "pode dar certo", as oportunidades passam, assim como a vida... 
É clichê, mas não é sonho, enquanto você sonha com tudo aquilo que quer, outra pessoa corre atrás, abre mão daquilo que você não abre mão, enxerga aquilo que você não quer enxergar, trabalha naquilo que você acha que não funciona, e consegue... 
Sonhar é importante, morrer é inevitável, mas fazer é fundamental e eterno. Se ficar o tempo inteiro de braços cruzados, vai passar o resto da vida em seu quarto, dentro de um universo paralelo que nunca irá se realizar. Morrer como se não tivesse existido.
E, por mais que seja fascinante se perder na imaginação, não existe prazer maior do que conquistar aquilo que você tanto deseja. Isso é vencer a morte com o poder da realização.

11.3.14

Se Fizer Tudo Certo Nada Dá Errado.

Para evitar que seu negócio, seu plano, seu relacionamento, seja o que for, fracasse, é necessário saber por que aqueles que fracassaram no mesmo ramo se deram mal… Um negócio de sucesso geralmente é uma oportunidade já aproveitada e descartada por outra pessoa. 
Ou seja, aqueles que desistem no meio do caminho nos prestam um grande favor. Aqueles que culpam a tudo e a todos pelo seu próprio fracasso nos direcionam. 
Aqueles que esperam passivamente uma oportunidade assim como esperando um grande romance caindo do céu, sem perceber que a vida e o mundo não são simples, nos ensinam que o poder está na nossa atitude.
A procura por tentar encaixar e julgar negócios e oportunidades nos moldes do certo ou errado, pode ser fruto da necessidade que temos de procurar querer, sem esforço, persistência e dedicação, relações estáveis e seguras. E isso não existe! Isso nos limite e aprisiona!
O que diferencia os vencedores é a atitude positiva que tem diante de suas falhas. Eles procuram tirar lições das adversidades e avaliar as variáveis que os levam àquela situação. Encaram o problema não como o fim da linha, mas como o fim de um processo que agregou ensinamentos para o que viria a seguir. Afinal, certo e errado mudam de lado em ambientes diferentes de temperatura e pressão. Geralmente o "certo" se fez acontecer na calada da noite, longe dos olhos de outros, no esforço que não aparece, no planejamento, no estudo, na falta de tempo, no algo a mais, no ouvir e no ser ensinável. O "não dar certo" faz parte de uma programação mental enraizada na alma mediana, da culpa generalizada, das desculpas, da desistência, da falta de informação e da crença infundada.
Falar mal de um negócio, romance, família, mercado, oportunidade e resultados alheios, não muda a sua situação, não muda sua conta bancária, não muda nada a não ser a profundidade de seu buraco. Se fizer tudo certo nada dá errado. E fazer certo começa na mente, caso contrário vai continuar querendo que o mundo se molde a você, quando é você que tem que se moldar ao mundo. O que deu errado para um pode ser a liberdade e o certo para quem está preparado.

28.10.13

O Círculo Vicioso da Escravidão. O Escuro em Três Dimensões

Usando óculos escuros em três dimensões, mantendo distância, um a um, formam uma enorme marcha em círculo, do mais velho ao mais novo. O mais velho morre sem chegar a lugar algum, e o mais novo inicia a marcha cheio de esperanças. 
Uma caminhada de ilusões, falsos projetos, falso moralismo e de muita hipocrisia. A ordem é o círculo e a marcha é em uma só direção. Alguns sempre em frente, outros nem sempre, mas todos no mesmo compasso. Controle e alienação. Marcha constante e envolvente. Uma terrível força gravitacional. 
Uma legião de mentes fechadas, defensoras de conclusões que não são suas. Alternativas são descartadas, ideias e coisas “anormais” são demonizadas. 
Vidas limitadas, egocêntricas e materialistas. Desejos iguais, ritmos iguais, mortes iguais, repetição sobre repetição. Um ritmo insano, com milhares no escuro e em três dimensões. Uma marcha sem fim, sem linha de chegada, até o fim da vida. 
A ignorância plantada como um vírus ofusca o prazer de enxergar novos caminhos, direções e ideais. Louco é sair do comum, pensar em mudança, parar de girar a favor da correnteza de esperanças. Louco é querer novo caminho, querer ver colorido. 
Um círculo imenso de fantoches, sem ponto de vista, sem vontade de pensar, só esperando ordens, ou por conivência, conveniência ou ainda por desconhecimento. Provavelmente todos morrem antes de ver o sol brilhar lutando para manter sua condição. 
Caíram em sua própria armadilha, onde o valor foi ultrapassado pelo fetichismo. Geraram através de sua ideologia racional a era da servidão moderna. Um círculo vicioso em busca do micro-ondas. Afinal ele possibilita esquentar mais rápido o alimento, de forma que se possa trabalhar mais e ter mais renda, para que se possa comprar novos modelos de micro-ondas. 
A roda dominante fez do trabalho seu principal valor, e os servos devem trabalhar mais e mais para pagar à crédito sua vida miserável. Eles estão esgotados de tanto andar em círculos… Passam toda sua vida até enxergarem que continuam no mesmo lugar. E o medo de abrir os olhos, faz uma legião de escravos que se mantêm nesta condição. Baixam a cabeça frente aos donos da mentira, aceitam uma vida de humilhação, de permutas injustas e de miséria por medo. 
A saída do círculo vicioso, começa quando reconhecem todas as frustrações geradas pelas tramas sociais que arrastam a humanidade por séculos num caminho circular sem sentido. Falta darem ouvidos à algumas vozes relutantes que continuam a demonstrar inquietação diante da bestialidade de determinados conceitos, culturas e costumes pré-formados. Falta darem atenção às alternativas! 
Mas nós temos escolha! E mesmo assim, por que continuamos a levar a vida que nós levamos? Histórias de verdade são feitas por quem quebra regras. 
Escolha se despedir desta vida um dia de cabeça erguida andando em linha reta à luz do sol.