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10.11.16

Viva os Abalos que não Tornam a Vida Linear

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E a gente não para de sentir, nunca paramos, é impossível depois de certo tempo. É automático, é o efeito da droga mais potente e destrutiva que já existiu, morremos mil vezes, reduzidos a nada sempre, e acabamos gostando cada vez mais disso. 
Totalmente abstinentes de melancolia, estar contente parece uma tarefa árdua e quase impossível. Pois, depois de tudo posto, o que sobra é o sentimento de que apesar de inseridos em um contexto, nunca quisemos nada com tudo isso, e acabamos nos tornando autores daquilo que não é, não foi e nunca será nosso.
E no meio dessa confusão sem nome e nem endereço, vez ou outra, o chacoalhão aparece. Seja em forma de decepção, seja uma visão, seja uma palavra dita, seja uma palavra não dita, ou na forma de um mundo todo que passa a se apresentar para nós em tons pasteis. 
A melhor recompensa que temos dessa coisa que aparece para chacoalhar nossa vida, é ela ter aparecido. Principalmente aquele momento que mostra o que não é, desmistifica uma situação, quebra uma verdade, sacode uma estrutura, desfaz uma ilusão nos permitindo pequenos vôos...
Não é por amor, não é por paixão, é por questão. É por necessidade de continuar navegando pra qualquer direção que nos traga um propósito. É algo que ultrapassa a própria razão. 
Restabelecidos pós movimentos, voltamos para terra firme e nos permitimos outra vez, e outra vez, outra vez. Enquanto isso a levianidade e a aparência aliviam o sufoco, é o que alimenta nossa máquina de centrifugar a rotina. 
Estar sempre à espera requer mais paciência do que alma. Alma é apenas marionete do sentido. A brevidade da alma passa a não fazer diferença quando passamos a encarar a realidade que não tínhamos. Pois passando por isso, outros se tornam apenas outros, coisas apenas coisas e situações apenas diversões.
Transformados, atingimos um estado que jamais voltará a ser normal. Acontece sempre, pois as movimentações da vida nunca são lineares.

3.9.15

Deixe ela lá

Deixe ela lá, entre o dito e não dito, entre a certeza da dúvida e a dúvida da certeza.
Deixe ela lá, intocável, imortalizada, idealizada, imóvel, enraizada.
Deixe ela lá, no seu mais espetacular talk show no mudo.
Deixe ela lá, não estrague o milagre dessa conexão impossível.
Deixe ela lá, escondida, em secreto, no poço fundo do desejo.
Deixe ela lá, compreendida, fabulosa, perfeita,aprisionada no cativeiro das expectativas, da vontade e do fascínio.
Deixe ela lá, no ideal, no colorido, naquele mundo que só você criou com ela e para ela.
Deixe ela lá, no que não foi.
Deixe ela lá, ali não tem repreensão, castigo, censura ou julgamento.
Deixe ela lá, não a acorde, não acorde.
Deixe ela lá, tudo é mais fácil e bonito nesse pequeno universo paralelo. 
Deixe ela lá em meio a beleza das flores, em meio a poesias de sol se pondo.
Deixe ela lá, porque já não faz parte, porque já não há lugar, porque não há mais tempo, porque não há mais espaço. Porque não faz sentido, porque não há segurança.
Deixe ela lá, pela vontade de esquecer. Por dias de paz, por dias que simplesmente amanheçam.
Deixe ela lá, ali ela não te prende, ata ou congela.
Deixe ela lá, ali não tem nada instável, supérfluo, muitos talvez e tanto faz. Ali não tem nada mediano, incompleto e conformado.
Deixe ela lá. Ali tem jogos, apostas, diversão. Não tem sobriedade, equilíbrio ou razão.
Deixe ela lá, mergulhada na crença vã e da fé de que tudo vai dar certo.
Deixe ela lá, sem a cobertura da moral e dos bons costumes, do politicamente correto e da politicagem vazia.
Deixe ela lá, ali tem reciprocidade, tato, gosto do gostar.
Deixe ela lá, no limite da existência e da coerência.
Deixe ela lá. Seu mundo e o mundo dela dependem disso.

Deixe ela lá.

19.8.15

Alguma Coisa sobre Eles

Se fosse simples, tinha só um nome e sobrenome e data de nascimento. Mas não tem. Se não fosse estranho, seria tudo conforme o planejado. Mas é. Se não fosse fascínio, sairia facilmente da cabeça. Mas não sai. Se não fosse intenso, os olhos não procurariam. Mas procuram. 
Para nosso desespero, tudo é notado, tudo é preciso, tudo é mágico, tudo é um único e improvável contato. Nos deixando sem noção de medida, sem noção de certo ou errado, sem saber se vai ou se fica. 
É cíclico, não se supera, não se encontra, não se liberta. São emoções que te jogam de um lado para o outro, te jogam para cima ou para baixo. São poesias em aberto, esperando nomes que não completam lacunas. 
No quadrado da rotina e do aceitável, eles não foram quando quiseram, eles esconderam de si mesmo quando foi necessário. Ele não fez sua parte. Ela não quis sua parte. Eles – não faz mais diferença, é indiferença. 
No carrossel da incerteza ninguém se põe mais a sonhar, apenas brincar, brincar de evitar. 
Pela sombra encontram-se só espaços, abismos, vãos, caos, intenções, desejos, uma porta escancarada. 
Eles não sabem. Quase nada. Alguma coisa sobre eles. O que foi, o que não foi e o que poderia ter sido. Foram embora. Porque nunca haveria lugar suficiente aqui. 
Ganharam asas descartáveis da vida, um leve empurrão e a disposição para querer voar. E na mente somente terceiras pessoas de um plural qualquer. 
Sim, a vida é um plano fracassado de roteiros impossíveis. Uma procura interna de justificativas e álibis, tornando os pequenos encontros de certeza inesquecíveis.

28.1.14

Na Faixa Etária da Mentira o que Cresce é a Decepção

O mundo parece um grande churrasco de condomínio, uma festa envolvida em mentiras que falamos para nós mesmos e na forma como contamos essas mentiras para os outros. 
Mentiras que são muito rapidamente incorporadas no nosso dia a dia, e nelas baseamos nossas decisões, que nos levam para caminhos que não são os nossos, para lugares que não queríamos e para objetivos que não deveríamos querer. 
Essas mentiras também tem idade. A faixa etária da enganação começa quando a mentira ainda é nova, aquela mentira feita visando a diversão, para testar os limites que os pais colocam. Mas quando a mentira vai ficando mais velha, ela aparece para tentar nos encaixar nesse mundo. Influenciando decisões, amores, carreiras, posses, vidas. A mentira “madura” serve para nos alocar ao lado daqueles que parecem entender as coisas da vida, e parecem não ter dúvidas ou sentir que estão perdidos. A evolução da mentira é nos fazer parecer adultos. E esse é o maior engano de todos. 
Demoramos a entender, e tem gente que passa a vida toda sem saber, que as verdades sobre o que gostamos e o que não gostamos já estão dentro de nós, em algum lugar. E que mentir para si mesmo é aprisionar a perfeição, a realização, o amor. Ignorar essa voz mais íntima, estar surdo ao que o corpo e a mente pedem, e andar abraçado com o espantalho da racionalidade, são sinônimos de privação, de uma vida de frustração. 
Nesses casos não é ter mais experiência que resolve, não é caso de saber mais, pois ninguém sabe mais de nós que nós mesmos. O problema é que não exercitamos nos entender, geralmente somos do contra, somos nossos piores inimigos. Ninguém sabe melhor do que nós o que nos faz felizes. E ninguém tem o poder de encobrir essa verdade mais que nós mesmos. 
Mentimos por medo e vergonha – no desejo de sermos aceitos, de tentar ser iguais aos outros (que também estão tentando ser aceitos), mentimos para viver uma vida de repetição, por mais que não aceitemos isso. 
Quanto mais falamos que queremos ser diferentes, mais nos tornamos iguais. 
Mentimos, pois temos medo de ser diferentes, pensar diferente, fazer diferente. Irônico é saber que muitas vezes as pessoas que conseguem transformar seus sonhos em realidade são precisamente aquelas que tomam decisões polêmicas. Elas são as únicas que têm a coragem de falar e mostrar que tem objetivos incomuns e são verdadeiras nas suas realizações. 
Enquanto isso, muitos na mediocridade, mentem para as coisas, pessoas, atividades e sonhos que realmente dão prazer e que parecem proibidas por ter uma mente recheada e influenciada pelo comum. Se por um momento silenciamos o barulho de “o que diriam” e prestamos atenção na nossa coleção de mentiras, analisando o quando o como e o porquê , poderemos encontrar o nosso tesouro pessoal, aquilo do que realmente gostamos e o que realmente somos, e poupar a nós mesmos de muitas mentiras inúteis que só vão desperdiçar nosso tempo e ânimo. Só fazendo isso é que realmente poderemos correr atrás dos nossos sonhos e nos tornar protagonistas das nossas vidas e não seguidores da vida e dos sonhos de outra pessoa.

25.9.13

Procura-se Protagonistas para Biografias

Tá faltando alguém. Faltando alguém do teu lado que fique. Alguém que ature o teu gênio difícil e as tuas mancadas. Tá faltando alguém disposto a te fazer crescer e a crescer contigo. Alguém que venha quando você precise. Alguém que dentre todas as pessoas, te escolha. Alguém que realmente precise de ti. 
Tá faltando alguém que tire seu passado do presente. Alguém que tire todo o ódio, mágoa, remorso, frustração  decepção e culpa.  Tá faltando alguém que te liberte dos seus fantasmas. Tá faltando alguém que não te impeça de viver o presente. Alguém que não te faça dormir com o inimigo.
Tá faltando alguém que não gaste sua alegria, suas energias. Tá faltando alguém que não seja o já era. Tá faltando alguém que te realize, que não te leve para conhecer pessoas que não goste, que não te leve para ambientes que te faz mal. 
Tá faltando alguém que não rife seu coração, alguém que lhe dê seu real valor. Tá faltando alguém que não seja coadjuvante de sua história, que não esgote a sua auto-estima. Tá faltando alguém que não faça o que não concorda, que não estrague sua paz, que não amarre sua alma. 
Tá faltando alguém que te impeça de ficar em círculos, correndo atrás da esperança de um novo ele. Alguém que não te faça abrir mão dos seus sonhos, que saiba priorizar o quanto você é importante. Tá faltando alguém que não jogue fora o seu tempo...
Tá faltando alguém que goste de você de verdade! 
Tá faltando alguém que faça parte fundamental de sua biografia.


18.8.12

A Maior Mentira é a Calma Aparente

Por mais que esteja escrito na testa, muitas vezes é sozinho. Por mais que chame atenção, é só com você. Por mais que queira correr, é enfrentando. Arraste a fumaça da ansiedade pelos cômodos, pinte as paredes de preocupações. Por mais que fale, é só sua vida. 
Caminhe pelo longo corredor ecoando perguntas que ninguém responde. Arraste os móveis do medo e das incertezas. Tenha diálogos imaginários. Suponha finais felizes. 
Por mais que escute, não é sobre você. Por mais que seja interessante, não interessa. 
Explique motivos, exponha razões e arranque a verdade. Por mais que acredite, não acontece. Por mais que espere, não tem ajuda. 
Porque não é falar para pegar emprestado, é dar de presente. Porque não é ligar para saber o que aconteceu, mas estar junto, chorar junto, lamentar junto. Por que não é perguntar, mas se preocupar.
Não é ouvir por ouvir, é ouvir para agir. Não é apenas saber da notícia, lamentar e trocar de canal, de assunto. Delírio. Espere por possibilidades. Apenas poucas e suficientes possibilidades... 
Porque às vezes a vida nos permite escutar um passo, ao meio do silêncio, ao meio daquilo que não esperamos. Às vezes alguém murmura, te ajuda, se preocupa. Um só basta para abrir a janela da confiança. E essa pessoa, não liga, age! Não pergunta, faz! Não diz, estende a mão. Não diz qualquer coisa me liga, qualquer coisa me avisa... 
Por mais que a casa das decepções estejam cheias, às vezes uma parede é derrubada. O medo de olhar pela janela, olhos fixo em uma tv. 
A vida é mesmo um ensaio de porquês. Fragmentos incompreensíveis, um tapete de indiretas espalhado pelo corredor da certeza. A maior mentira é a da calma aparente... 
Mas são as dificuldades que dão a polida no caráter. É a notícia ruim que abre o mapa da verdade. Por mais que não acreditemos, algumas pessoas podem ser anjos.

11.2.12

Nada mais Especial que Sentir

Coisas especiais deveriam sempre continuar assim. Inesperadas. Aleatórias.
O plantar sem saber onde nascer. Sem influência da rotina, da insegurança e da dúvida.
Nossa única obrigação é deixa-las então, que elas continuem como são, coisas especiais. Por que é o que basta. Mesmo que a conversa seja definitiva. Mesmo que acabe. Mesmo que especiais sejam só as justificativas, declarações e versos velados.
É especial esse momento onde o passado nunca se faz necessário e o futuro nunca se faz tão urgente. Porque te ensina que ninguém morre de saudade. Que tudo passa e que tudo pode morrer dentro e fora de você.
Por isso, deixemos que a lembrança marque o coração de papel com tintas de lágrimas e grafia de dor. Porque é especial o momento em que a vida escreve. Enroscando uma situação na outra, te levando para os mais inimagináveis e estranhos caminhos. Te mostrando as mais diversas pessoas, situações e escolhas. Ás vezes durante a escrita, a rima é boa, uma sequência de frases felizes que se combinam. Às vezes é rima ruim, falta de alguém, amor saudoso, desespero, decisões erradas e arrependimento.
Mas é tudo especial, são momentos únicos, é mágico. Você vive, você sente, você está aí!
É lindo viver nem que seja uma única vez na vida esse encanto...
Às vezes a vida só escreveu errado, às vezes não era pra dizer, para ser, escrever ou aceitar. Mas ela te ensina a superar. Especial é o sentimento único da superação. Rasgar rimas ruins e reler as rimas boas.
Coisas incríveis são as que fazem crescer, evoluir, modificar. Mesmo que para isso acontecer um dia você tenha de chorar.
Deixar a vida escrever é se entregar. É curtir os momentos até que as linhas finalmente acabem. E elas acabarão para todos nós.
Não há entrega mais bonita que sentir e aproveitar, seja o prazer, seja a dor. Nada mais especial.

22.8.11

Caixinha de Coragens

Uma caixinha de coragens...
Um dia, tivemos uma dessas, para o medo de escuro, de injeção e de bichos malvados.
Hoje precisaríamos de um baú, mas provavelmente usaríamos para nos enfiarmos dentro dele. O medo, essa sombra que tanto nos persegue.
"O medo protege", indagávamos, pensando nos riscos de acidente e de sofrimento que toda decisão ousada traria.
Não éramos ousados. Preferimos a segurança da margem, e enfiamos nossos pés em terra firme de tal maneira que nunca mais nos movemos.
Até que um dia a maré subiu. E nós sempre tivemos medo de aprender a nadar.

23.4.11

A Despedida só é Boa para Quem Vai


As mãos já não se encostam mais. O olhar já não tem mais brilho. Os esbarrões não tem mais aquele efeito provocador. Não existe mais faísca.
O prazer da companhia deu lugar ao desconforto e à escolha das palavras. É um que se foi...
Existe conversa, mas o tom é de despedida. Os assuntos não são mais os dois, mas os planos de quem foi. O interesse não é mais no outro, mas sim mostrar ser outro.
As horas que passam não são mais lamentadas, hoje os minutos de atraso é que passam a ser mais importantes. O ir ficou melhor do que o encontrar.
A paixão dá lugar à obrigação, e o que antes era desejo e vontade torna-se bate-papo de irmão. É um que se foi...
A despedida não acontece de repente, é um processo que começa aos poucos, aos encontros e desencontros. A partida começa quando um quer e o outro não pode, quando o outro pode e o um não quer.
As pessoas certas sempre aparecerão nas horas erradas, e mais do que idéias contrárias, são os interesses que separarão as pessoas.
Acabou a magia, o que antes era fácil de perceber, agora se tornou sombrio, frio. Não se reconhecem mais aos olhares de quem estavam apaixonados em ver.
O mistério perdeu a graça, passou-se muito tempo e um não conseguiu descobrir o outro. Cansaram-se.
A angústia da espera se tornou a angústia de ver a partida. A esperança do encontro se transformou na esperança de não sentir de novo.
O que antes era simples empecilho, hoje é a pequena desculpa que se precisava, para, partir!
O que era novo e encantador hoje é novo e assustador. Uma nova realidade na fantasia dos dois. Um sofrimento que se transforma, mas que não deixa de ser sofrimento. É um que se foi... Que desistiu, que se cansou, que fantasiou demais, que chorou demais, que sentiu demais, que se apaixonou demais, mas que não amou demais.
Partiu para um novo começo, uma nova fase, uma nova busca. Se despediu, deixou lembranças, e foi em busca de um novo encontro. Enxugou as lágrimas, colocou na mala um coração machucado, um orgulho ferido, jogou fora as dúvidas, fez planos, desprezou quem tanto lhe amou, e saiu.
Não se lembra qual o beijo da despedida, porque nunca teve um beijo de despedida. Ainda assim, não se lembra mais do gosto e não sente mais sua falta. É um que se foi para sempre e que nunca mais será igual.
A despedida é boa para quem vai e se transforma, mas terrível para quem fica parado na estação do tempo, esperando quem ama e que nunca mais vai voltar.

16.4.11

A Primeira Exceção é a que Fica


É o prazer do ato em si. Feito uma vez, percebe-se que na verdade o “encanto” deixa de existir. Mas já foi feito.
A partir daí inicia-se uma série de atos compulsivos onde o que predomina é a forma repetitiva e muitas vezes sem nexo que as coisas vão acontecendo.
Mas cuidado! É muito mais fácil você ser julgado para sempre pelo seu erro ou por uma escolha equivocada (mesmo que este tenha sido uma única vez) do que pelos outros 99% de acertos. E às vezes, esse erro, mesmo que único pode lhe acompanhar o resto da vida na forma de uma má reputação, de uma doença, de uma tragédia...
Todo mundo é obrigado a confessar os pecados, mas ninguém dá a mesma importância para as coisas que se faz de bem. Você não gostaria também de ter a oportunidade de confessar os acertos?
Uma exceção! Um desvio, um vício que vai debilitando sua mente. Você passa a respirar o que passou, não consegue esquecer, não tem para onde fugir. Você não controla mais onde seu pensamento estará. E qualquer outro pensamento será momentâneo e irrelevante.
A escolha do certo ou errado é algo misterioso que ninguém nunca saberá explicar direito. Por que nos sentimos atraídos por algo que sabemos fazer mal? Por que a opção da escolha? Não seria mais razoável ter só a opção da escolha certa? Mas não, sempre existem dois caminhos...
O fazer certo não dá para dizer o que é, nem de onde vem. Mas a obsessão pelo errado parece ser uma necessidade interna, uma operação defensiva, um aumento de angústia.
E assim vamos determinando escolhas com base na falsa imagem que criamos internamente sobre as coisas. Completamente perturbados por imposições sociais, regras culturais, mandamentos mil. Se existisse apenas um caminho, não existira mandamento.
A primeira exceção à sua regra particular é que marca, é a que fica. Pois será a primeira vez que uma regra não falou mais alto. E aí, em meio a todos os conflitos, surgirá o arrependimento.
Mas, porque se arrepender, pois, naquele momento, era aquilo mesmo o que você mais queria fazer?
O certo e o errado foram colocados à mesa, fazem parte da nossa existência e aprendizados. O errado serve para criar os problemas para acreditarmos que um dia tudo se resolve e acaba bem. Demasiadas expectativas!
O certo e o errado existem para que surja a ilusão que somos livres apenas porque estamos conscientes de nossas ações, mas desconhecemos totalmente as causas pelas quais essas ações são determinadas. Temos de aprender a aceitar as coisas, a deixar ir, a desligar. A aceitar. Aceitar é ser crescido. É aprender. Há quem aprenda e seja infeliz. A arte da boa consciência é a arte de enganar a si mesmo.
De todas as exceções possíveis, a que se faz por amor é a mais linda de todas elas.

11.6.09

Um Passo a Frente e Você Já não Está no mesmo Lugar

Seja você mesmo...
Essa frase não sai de moda. E por diversas vezes eu procurei escrever sobre isso aqui no blog.
Mas o verdadeiramente importante aqui é mencionar que não houve filósofo na história do pensamento ocidental e oriental que não “implorou” aos seres humanos que se conscientizassem um pouco de como as tarefas do dia-a-dia acabam por minar e tornar o nosso tempo escasso para questões importantes da nossa vida.
Escassez de tempo para poder se considerar um ser humano.
Muitas vezes o nosso emprego, nossas atividades, ou até mesmo pessoas que nos cercam (amigos, companheiras/os, família) acabam funcionando como uma nuvem que impede que você se decubra, apareça, brilhe.
Acabam por nos sufocar, e não dar espaço para que possamos contemplar a nós próprios (nossas condições, personalidades, caráter, capacidades, habilidades, talentos, padrões de ação e pensamento).
Por isso, muitas vezes, não temos tempo para sermos sinceramente quem somos ou nos tornarmos quem somos.
Não vou entrar aqui na questão de se há um “eu” que deve ser descoberto ou construído, mas acho que cabe a você refletir sobre o que faz mais sentido para você e continuar a partir daí. Agarrar todas as oportunidades que apareçam para que você possa ser diferente, mais humano, mais real, mais carne e osso. Afastando de uma vez por todas as nuvens (que você sabe como se chamam) para longe. E o brilho aparecerá!
Afinal, "... basta um passo à frente e você já não estará mais no mesmo lugar."

16.11.06

O Medo

Já percebeu que aquilo que temos medo, lá no fundo é o que nos atrai?
Já viu ou observou um cachorro que ao andar com a cabeçona na janela, tenta se jogar? Somos iguais! Nunca teve a sensação de se jogar quando está num lugar muito alto?
Todo pensamento de medo tem uma força magnética que atrai a realidade. Os medos nos enfraquecem porque sufocam nosso talento, achatam nossa personalidade, aniquilam a liberdade e a nossa autoconfiança. O medo atrai o medo e o medo nos destrói.
Geralmente temos medo por que nos deixamos vencer pala crítica. Elas partem, muitas vezes, de pessoas que não estão bem consigo mesmas, ou de pessoas que tem uma visão muito pequena da realidade.
São pessoas doentes por dentro, e tentam de todas as formas fazer com que as suas doenças se alojem dentro de nós. Por isso seja você. Deixe-se guiar pela intuição do seu íntimo e siga em frente de cabeça erguida sem se intimidar com comentários destrutivos.
Acreditar no nosso próprio pensamento e intuição é acreditar que temos, dentro de nós, a reposta certa para tudo. Planejamento e pensamentos positivos trazem realizações e conquistas!
Se há uma voz dentro de você, que gosta de você e que quer seu sucesso e sua felicidade, é essa voz que você deve ouvir.
Deixe que os outros pensem como quiserem. Apenas não permita que decidam num mundo que é apenas seu. Nem todo mundo tem necessariamente que sofrer, ter problemas e aceitar tudo como a maioria das pessoas.
A vida é assim....alguns casam com quem tem criança, outros casam com quem ainda é criança, outros casam crianças e quando falam da vida e decisão de outros acabm sendo pior que criança.
O que importa no final é a felicidade e dinheiro na conta!
Não tenha medo do fracasso. Ligue sua mente no sucesso e terá sucesso. O negócio que você abriu é outro e nada tem a ver com o anterior. Para você criar uma imagem positiva mais forte, fixe sua mente naquilo que realmente almeja. Amplie essa visão!
Vá em frente com coragem, entusiasmo, dinamismo e inteligência. Ponha na cabeça que aquilo foi talhado para você e sinta-se uma pessoa bem-sucedida. Aja como se já estivesse na posse daquilo que você almeja. Você é um vitorioso. O pensamento positivo atrai a realidade positiva. Use suas energias para progredir e confie na intuição que habita sua inteligência. Essa é uma nova mentalidade para encarar a vida de frente e deixar os remédios de lado.

18.7.06

Uma escolha, Uma renúncia

A dificuldade de se tomar decisões começa bem antes de você pensar em nascer. Alguém, de forma consciente ou não, decide que você tem de nascer e pronto.....
Aí, consequentemente, você não escolhe família, pais, irmãos e muito menos o que irá comer.
Ao continuar crescendo, os problemas com a decisão continuam. Você não sabe o que vestir, não sabe a hora de tomar banho, a hora de dormir e sempre toma decisões erradas...
O climax da indecisão acontece umj pouco mais tarde, quando alguma tia ou tio babão chega e pergunta: "E então, o que você vai ser quando crescer?".
É difícil cobrarmos que as pessoas façam escolhas corretas se durante uma boa parte da vida, outros tomaram as decisões por ela e ninguém nunca ensinou como pensar e analisar os fatos antes de se tomar uma decisão.
E assim, de forma estranha, crescemos. Tomando decisões por impulso, ou por que alguém já tomou esta decisão errada antes.
Uma escolha, definitivamente significa uma renúncia. E como ninguém lhe disse isso antes?
E assim as coisas vão passando diante dos nossos olhos e a angústia vem nos pensamentos de quão diferente seria a minha vida se eu tivesse escolhido aquele outro caminho?
E a vida, de forma ilária, vai colocando momentos e mais momentos um atrás do outro, para que você, totalmente despreparado e perdido possa ir tomando as suas decisões e se ferrando.
E ela não dá tempo para que você possa parar e refletir. Apenas segue te desafiando.
Já parou para pensar onde está agora? Consegue imaginar o quanto algumas decisões que você achava certa lhe levaram a grandes decepções e como algumas outras que vocês achava que tinham sido erradas lhe levaram para um caminho de felicidade?
Apesar do homem ter criado diversas ferramentas para tomada de decisão nas empresas, na família, no amor e na vida, ainda somos completamente despreparados. Somos infinitamente bombardeados de opiniões que não são nossas, somos influenciados pelos pensamentos de outros e não somos capazes de questionar....
Isso por que não nos conhecemos por completo, sabemos o que não queremos mas não sabemos o que queremos....
Se eu sou diferente dos outros eu não sei, e você é?
Se tomos as decisões corretas eu não sei, mas procuro de todas as formas aquelas que me beneficiarão e me tornarão felizes agora e no futuro.
Hoje pela manhã um sinal de pedestre começou a piscar....um senhor que estava para atressar a rua decidiu correr para tentar aproveitar o sinal. Aquela afobação e pressa fez com que ele topasse com o pé no asfalto....ele caiu e se esfolou inteiro....na minha frente.
Alguns segundos para decidir....decisão errada!
Estou completamente feliz hoje. De todas as minhas decisões que posso dizer que foram certas, decidir ser completamente fisgado na praia foi a melhor delas.
Saia da indecisão, decida arriscar e decida pela emoção de ver um risco se transformar em alegrias e na melhor coisa de sua vida.