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10.11.16

Viva os Abalos que não Tornam a Vida Linear

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E a gente não para de sentir, nunca paramos, é impossível depois de certo tempo. É automático, é o efeito da droga mais potente e destrutiva que já existiu, morremos mil vezes, reduzidos a nada sempre, e acabamos gostando cada vez mais disso. 
Totalmente abstinentes de melancolia, estar contente parece uma tarefa árdua e quase impossível. Pois, depois de tudo posto, o que sobra é o sentimento de que apesar de inseridos em um contexto, nunca quisemos nada com tudo isso, e acabamos nos tornando autores daquilo que não é, não foi e nunca será nosso.
E no meio dessa confusão sem nome e nem endereço, vez ou outra, o chacoalhão aparece. Seja em forma de decepção, seja uma visão, seja uma palavra dita, seja uma palavra não dita, ou na forma de um mundo todo que passa a se apresentar para nós em tons pasteis. 
A melhor recompensa que temos dessa coisa que aparece para chacoalhar nossa vida, é ela ter aparecido. Principalmente aquele momento que mostra o que não é, desmistifica uma situação, quebra uma verdade, sacode uma estrutura, desfaz uma ilusão nos permitindo pequenos vôos...
Não é por amor, não é por paixão, é por questão. É por necessidade de continuar navegando pra qualquer direção que nos traga um propósito. É algo que ultrapassa a própria razão. 
Restabelecidos pós movimentos, voltamos para terra firme e nos permitimos outra vez, e outra vez, outra vez. Enquanto isso a levianidade e a aparência aliviam o sufoco, é o que alimenta nossa máquina de centrifugar a rotina. 
Estar sempre à espera requer mais paciência do que alma. Alma é apenas marionete do sentido. A brevidade da alma passa a não fazer diferença quando passamos a encarar a realidade que não tínhamos. Pois passando por isso, outros se tornam apenas outros, coisas apenas coisas e situações apenas diversões.
Transformados, atingimos um estado que jamais voltará a ser normal. Acontece sempre, pois as movimentações da vida nunca são lineares.

16.10.14

Vencendo a Morte com a Realização

Às vezes está no papel, às vezes só na imaginação, às vezes apenas passa pela cabeça. Mas está lá! Cada detalhe do futuro incrível que te espera, repleto de alegrias, sucesso, amor e conquistas financeiras. E o nível de detalhes é proporcional ao empenho que tem tido e ao tempo que tem gasto para efetivamente realiza-los.
Movido pelas grandes histórias que vê por aí, seja no Facebook, seja na descrição de sucesso de outros, seja nas experiências de conquistas alheias, dentro e fora do imaginário, você sonha com aquele que será o seu momento. O momento de saborear a tão desejada conquista material, amorosa e emocional.
Como se alguma entidade mágica, o acaso, o destino ou até mesmo Deus já tivesse reservado, com nome na lista e data, o seu auge.
Mas a realidade é outra. Os dias, semanas, anos vão passando. A velhice vem se instalando, sem legado, sem nada de especial, sem marcar presença, sem conforto material. A realidade da roda comum e medíocre do mais do mesmo, do loop infinito de começar e terminar sempre onde se começa e termina. 
É difícil aceitar, e assim não se batalha da forma correta, no local correto, no mercado correto, no relacionamento certo, na pessoa certa, sem persistência, consistência e coerência. E aquele momento cada vez mais pregado ao imaginário.
Ao invés de ficar imaginando tudo que poderia estar fazendo, conhecendo, arriscando, falando ou realizando, é necessário sair, se livrar de conversas e pessoas levianas, trocar, fugir, mover.
Sair, porque por mais que sonhos sejam combustíveis, é preciso o primeiro passo, nem que seja em direção à uma pessoa para um novo amor.
Entretanto, ao invés de arriscar e tentar mergulhar na possibilidade do "pode dar certo", as oportunidades passam, assim como a vida... 
É clichê, mas não é sonho, enquanto você sonha com tudo aquilo que quer, outra pessoa corre atrás, abre mão daquilo que você não abre mão, enxerga aquilo que você não quer enxergar, trabalha naquilo que você acha que não funciona, e consegue... 
Sonhar é importante, morrer é inevitável, mas fazer é fundamental e eterno. Se ficar o tempo inteiro de braços cruzados, vai passar o resto da vida em seu quarto, dentro de um universo paralelo que nunca irá se realizar. Morrer como se não tivesse existido.
E, por mais que seja fascinante se perder na imaginação, não existe prazer maior do que conquistar aquilo que você tanto deseja. Isso é vencer a morte com o poder da realização.

3.1.12

Apreciar a Cereja das Entrelinhas

Qual é o parasita mais resistente? Uma bactéria? Um vírus? Um verme? Uma dúvida saudosa. Resistente. Altamente contagiosa. Uma vez que uma dúvida toma conta é quase impossível de eliminar. Uma dúvida formada, totalmente incompreendida, permanece em algum lugar aí dentro.
A dúvida pode se tornar saudade. Aí é como começar a jogar, numa mesa sem dinheiro e com cartas ruins, só para ser cumprimentado e estar à vista do público. Uma onda de fingimento. Fingir que se luta dando golpes sem direção. Fingir que pegou o melhor peixe. Fingir sentar nos sofás alheios e fazer parte de famílias. Fingir a felicidade ao comer, beber. Fingir ter uma vida boa regada a festas e muita distração.
Amor incompleto, beleza e afinidade não saciam fome. Duram algumas horas, mas chega o momento, perto da madrugada, que você vai querer ir até a geladeria.
Amor é sentir um certo peso que põe fim a falta de limite e te prenda ao chão. Duvidar é quando começa certo. Amor é quando começa errado, para no final ter o prazer mútuo da conquista e da vitória que é um relacionamento entre pessoas diferente.
Precisamos de menos regras ditadas – e mais pontos de vista ouvidos. Apreciar a cereja das entrelinhas. O bolo da vida é apenas detalhe.
Amar e olhar de verdade, aceitar e gostar do que se vê. Valorizar o que se reconhece.
Amor não reprime, provoca. Mostra o escondido. Mostra caminho, não impõe trajetória.
Dúvida é estar longe. Para amar não precisa estar junto, basta estar do lado de dentro. Essencial são os pontos de vista trocados.
Confunde-se muito insistência com merecimento. Desejo com disponibilidade. Erro com circunstância. Distância com saudade. Vida com prazer. Afeto com pena. Afinidade com amor. Dúvida com infelicidade. Fácil é mentir para todo mundo o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos decepcionamos com o que achávamos ter visto.

27.11.11

O Maravilhoso Incompleto

Parado no tempo / um coração / como um quadro pendurado na parede. Que maravilhoso seria / se sobrasse um retrato / um pedaço / um traço / um caco / um pedido / um desejo / um suspiro / um atestado de você / mas não tem / não sobra / não resta / não é / não cabe / não mais / segundo você nem foi / nem é / não será / infeliz de você.
Não se importa / não importa mais.

14.10.11

Ninguém sabe Lidar quando o Outro não Sabe

Você cuidou. O outro não.
No seu ponto de vista, cuidar tinha muitos significados. Não era só preservar, deixar bonito, não gastar. Para você era um acordo de reciprocidade, de que aquilo nunca acabaria.
Você aguentou a saudade que o outro não tinha, acreditou em sorrisos e palavras doces, mas estes eram só o espelho da despedida. O outro foi.
Você cuidou com o que prometia. O outro não. Evitou dizer coisas, porque tudo o que é muito combinado, planejado e muito definitivo, perde a sua graça e deixa de lado a naturalidade.
Você cobrou. O outro não. Tiveram discussões. Procurou-se motivos que não existiam. O outro deu explicações que não precisava. E todo aquele sonho, aquela música, aquela poesia, feitos sob a mais forte influência da paixão, esses não existem mais. Não tem mais porque só você cuidou. E se quebrou na partida.
Quando quebra, perde o encanto. Fica feio, estranho, deformado, estragado e rejeitado. Repulsa e fuga! 
Você cuidou porque era frágil, suave. Mas hoje está quebrado, trincado em pequenos e perdidos pedaços. Colar não vale o esforço. Rachaduras não somem, apenas mostram a realidade do erro.
O outro não percebeu que era leve. Fez pouco caso. E você ficava reclamando da saudade fazendo piadas com a ausência e curtindo cada reencontro...
Ninguém sabe lidar quando o outro não sabe. O problema é que nunca achamos que precisamos saber e muito menos achamos que o outro deve saber. Cada um para um lado. Cada pedaço ao seu lugar. E hoje ninguém cuida mais da saudade.
Ninguém disposto a se permitir cuidar de alguém e proteger se for preciso. Todos procurando alguma química, que existe, mas um dia acaba em cacos.
Foi enquanto se teve, iria continuar sendo, caso estivesse...
Você cuidou. Era bonito. Era teu. Espatifou.

16.11.06

O Medo

Já percebeu que aquilo que temos medo, lá no fundo é o que nos atrai?
Já viu ou observou um cachorro que ao andar com a cabeçona na janela, tenta se jogar? Somos iguais! Nunca teve a sensação de se jogar quando está num lugar muito alto?
Todo pensamento de medo tem uma força magnética que atrai a realidade. Os medos nos enfraquecem porque sufocam nosso talento, achatam nossa personalidade, aniquilam a liberdade e a nossa autoconfiança. O medo atrai o medo e o medo nos destrói.
Geralmente temos medo por que nos deixamos vencer pala crítica. Elas partem, muitas vezes, de pessoas que não estão bem consigo mesmas, ou de pessoas que tem uma visão muito pequena da realidade.
São pessoas doentes por dentro, e tentam de todas as formas fazer com que as suas doenças se alojem dentro de nós. Por isso seja você. Deixe-se guiar pela intuição do seu íntimo e siga em frente de cabeça erguida sem se intimidar com comentários destrutivos.
Acreditar no nosso próprio pensamento e intuição é acreditar que temos, dentro de nós, a reposta certa para tudo. Planejamento e pensamentos positivos trazem realizações e conquistas!
Se há uma voz dentro de você, que gosta de você e que quer seu sucesso e sua felicidade, é essa voz que você deve ouvir.
Deixe que os outros pensem como quiserem. Apenas não permita que decidam num mundo que é apenas seu. Nem todo mundo tem necessariamente que sofrer, ter problemas e aceitar tudo como a maioria das pessoas.
A vida é assim....alguns casam com quem tem criança, outros casam com quem ainda é criança, outros casam crianças e quando falam da vida e decisão de outros acabm sendo pior que criança.
O que importa no final é a felicidade e dinheiro na conta!
Não tenha medo do fracasso. Ligue sua mente no sucesso e terá sucesso. O negócio que você abriu é outro e nada tem a ver com o anterior. Para você criar uma imagem positiva mais forte, fixe sua mente naquilo que realmente almeja. Amplie essa visão!
Vá em frente com coragem, entusiasmo, dinamismo e inteligência. Ponha na cabeça que aquilo foi talhado para você e sinta-se uma pessoa bem-sucedida. Aja como se já estivesse na posse daquilo que você almeja. Você é um vitorioso. O pensamento positivo atrai a realidade positiva. Use suas energias para progredir e confie na intuição que habita sua inteligência. Essa é uma nova mentalidade para encarar a vida de frente e deixar os remédios de lado.

25.11.05

Sonhos: Atividade Fim

"Uma função psíquica encarregada de compensar, de suavizar, de substituir, mesmo, uma realidade que nos é hostil, por outra, totalmente diferente, onde um novo mundo se descortina diante da alma e onde todas as nossas ações parecem absurdas, justamente porque as mais censuráveis, na sociedade em que vivemos, gozam, enquanto dormimos, de uma espécie de liberdade condicional, quando se expandem nos sonhos."

Querer viver um sonho é exatamante isso... viver uma vida sem preconceitos, onde tudo é possível, onde não existem pecados e nem regras, onde não se morre e se pode ter uma vida que não é sua. É poder voar, desafiar as regras da física e ter super poderes.
A vida é a única atividade que humana que fazemos até o fim. Já pensou nisso?
Todas as demais atividades, projetos, causas e etc são abandonadas durante o caminho. Mas com a vida, isso não ocorre. Chegamos até o fim!
As pessoas sonham com vidas melhores ou sonham em viver um sonho. Mas como viver um sonho se você continua preso a tradições, à rotina, ao pecado, ao preconceito, à família, aos impostos, ao governo e à lei da gravidade?
Como tentar o sonho se a cada ano de vida lançamos nossas raízes ao conforto, à família, aos filhos, ao emprego, ao dinheiro, ao egoísmo e à velhice?
Jamais viveremos um sonho por que jamais seremos livres por completo. Sempre teremos que cumprir alguma regra, obedecer alguma coisa ou pagar por escolhas que fazemos.
Como alguém pode ser feliz por saber que os sonhos são na verdade, conforme Freud, uma manifestação de nossos desejos influenciado por memórias e sentimentos profundamente reprimidos?
Ninguém viverá um sonho, por que o sonho é uma vida que não podemos ter!
E por mais que você queira trocar de vida, viver uma outra, ainda assim não estará imune da prisão e um destino. Acredito que todos temos um destino: rumo à morte perseguindo sonhos!