"Tinha perdido alguns dos meus familiares em uma revolução. Tinha sobrevivido a uma guerra. E foi uma banal história de amor que quase me matou."
Persépolis é uma obra-prima. Uma adaptação do romance autobiográfico de Marjane Satrapi. Uma viagem descrevendo a evolução de uma mulher em meio às turbulentas transformações políticas, sociais e religiosas no Irã e principalmente todas as questões envolvendo suas descobertas pessoais.
Quem nunca teve um amor platônico? Mas amores platônicos não existem para ser conquistados. São meras idealizações. Uma fantasia. Uma brincadeira do inconsciente. Uma diversão individual que sempre estará onde deve estar. Algo a não ser compartilhado com ninguém, um respeito a nossa particularidade e ao nosso mundo interior. É um assunto endereçado somente a nós e mais ninguém. Mas cuidado, talvez ele não seja esse amor tão impossível quanto nos parece. Você um dia pode casar com ele! Por isso, quando sentir esse sentimento por alguém, certifique-se em deixá-lo o maior tempo possível na posição de um amor que pode, mas nunca deve ser realizado. Aproveite ao máximo o que ele tem de melhor. O amor platônico te ajuda a fazer o teste de paciência e a praticar a arte do desapego. Ele é sempre casto! Claro que não deixa de ser um experiência amorosa, um exercício de autoconhecimento. Ele estimula a reflexão sobre os motivos que nos impedem de ter uma relação madura com o outro. É por meio do amor platônico que recebemos a educação necessária para nos tornarmos amantes e companheiros melhores. Uma verdadeira maravilha da nossa mente que nos torna cada vez mais perfeitos para quem, na realidade, merece o nosso melhor e o potencial do nosso amor em todos os sentidos. É bom em todos os aspectos, pois se casar com ele, vai ter aproveitado ao máximo todos os sentimentos porporcionados para conquistá-lo ainda mais. Mas se não, vai tornar quem nunca fará parte da sua vida extremamente importante na sua história.