
Para nosso desespero, tudo é notado, tudo é preciso, tudo é mágico, tudo é um único e improvável contato. Nos deixando sem noção de medida, sem noção de certo ou errado, sem saber se vai ou se fica.
É cíclico, não se supera, não se encontra, não se liberta. São emoções que te jogam de um lado para o outro, te jogam para cima ou para baixo. São poesias em aberto, esperando nomes que não completam lacunas.
No quadrado da rotina e do aceitável, eles não foram quando quiseram, eles esconderam de si mesmo quando foi necessário. Ele não fez sua parte. Ela não quis sua parte. Eles – não faz mais diferença, é indiferença.
No carrossel da incerteza ninguém se põe mais a sonhar, apenas brincar, brincar de evitar.
Pela sombra encontram-se só espaços, abismos, vãos, caos, intenções, desejos, uma porta escancarada.
Eles não sabem. Quase nada. Alguma coisa sobre eles. O que foi, o que não foi e o que poderia ter sido.
Foram embora. Porque nunca haveria lugar suficiente aqui.
Ganharam asas descartáveis da vida, um leve empurrão e a disposição para querer voar. E na mente somente terceiras pessoas de um plural qualquer.
Sim, a vida é um plano fracassado de roteiros impossíveis. Uma procura interna de justificativas e álibis, tornando os pequenos encontros de certeza inesquecíveis.
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