Olhar para arrancar pedaços. Aceitar esse momento mágico e indescritível. Ser por um momento insubstituível na vida de alguém. Tapar os ouvidos para a proibição do impossível sem critério e fazer a melodia do improvável incomum. 
Mas não era talvez na semana que vem, era para ontem. E ontem já foi tarde demais. Não era para depois, pois depois não daria mais tempo. E hoje já não faz mais sentido... 
Hoje é o dito pelo não dito. Velório do desejo no caixão da escolha errada. 
Dia após dia vestido de preto e de olhos e corações fechados. Porque dói se mostrar e não ser notado. Porque dá medo ter sido e não ser... Escorregar no infinito da dúvida. 
Desligue a ligação consigo mesmo na própria cara. Chega de conversa. A linha está ocupada pelo súbito desinteresse... Filho da decepção com o esquecimento. 
A coisa certa na hora errada sempre vai ser a coisa errada. 
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