25.1.09

De Repente Trinta

O primeiro momento da vida em que a mortalidade bate à porta.
Mas na verdade, não se trata de um momento triste como possa parecer.
É muito interessante saber e de repente ter a consciência de que se pode fazer muita coisa que ainda não se fez e que ainda há certo tempo de vida para curtir.
Quando se vive muitas coisas, parece mesmo é que os 30 anos foram muito poucos. E realmente são...
Interessante que antes dos 30 não nos damos conta do nosso destino final.
Nos achamos imortais, não nos preocupamos com a saúde, não nos preocupamos com o futuro, desprezamos nosso corpo, abusamos da nossa beleza, desprezamos nossa família, somos egoístas e egocêntricos ao extremo.
O futuro acaba sendo algo que está muito longe de nós.
Mas o futuro chega! Todos chegaremos lá, claro que por caminhos diferentes, mas chegaremos. Afinal, todos caminhamos para a morte, para a inexistência.
Quando se está no auge da forma física, mental e emocional como agora, saber que não se fica assim por muito tempo, te deixa mais humilde em relação à vida.
Te deixa mais realista, te coloca os pés no chão.
Ou seja, fazer 30 é marcante por si só...
Não se muda na maneira de ser, mas a maneira de se ver o mundo, as coisas no mundo, as pessoas, a si próprio. Estabilizamos angústias, sossegamos os ânimos, valorizamos mais a vida e sua simplicidade. Nos tornamos mais flexíveis, mais experientes, nos tornamos melhores e mais interessantes.
De repente nos damos conta de quão importantes são as férias por lugares diferentes, novas paisagens, novas lembranças, belas fotos, belas cartas, o amor.
Busca-se novas sensações para o olhar, novos conteúdos para a mente, temas intrigantes, contato com pessoas de qualidade.
Acalmam-se as falsas expectativas, livra-se das armadilhas do subconsciente e do medo do desconhecido.
Estamos mais maduros e livres. Livre dos limites que vamos nos impondo sem mesmo nos perceber durante a vida. Não aceitamos mais qualquer coisa. Sabemos o que queremos e onde queremos chegar.
Apreciamos a beleza e estamos prontos os novos questionamentos que ainda irão surgir.
Mas mesmo aos 30 não se é perfeito! Mas se busca a perfeição através da mudança. Mudança de opinião, de visual, de casa, de cidade, de amor, de amigo, de ramo, de empresa...
Fazer 30 não dói, e a queda de cabelo é a única coisa que se nota no espelho, mas o mais importante é que muda o conceito de como vemos o ser-humano.
Quase na metade da vida com muito mais charme, qualidades, defeitos, sonhos, planos, independência e de infindáveis perspectivas.

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