17.4.06

O Palco Armado da Vida

Um grande palco armado para uma enorme peça que é a nossa vida.
Nela representamos. Mesmo com um curto período em cena, somos capazes de rir, chorar, nos apaixonar, amar, odiar, errar, nos arrenpender, se alegrar, perdoar.
Somos mestres em representar e a viver num mundo de faz de conta.
Como pobres coitados sem rumo, nos apegamos a qualquer faixa de esperança para fazer de conta que estamos no caminho certo.
Vivemos uma ilusão, um faz de conta! Faz de conta que somos felizes, que não vamos nunca morrer, que nossos pais são para sempre, que nossos filhos são gente boa, que o trabalho edifica, que o dinheiro não traz felicidade, que nunca vamos envelhecer e que um dia teremos paz. Vivemos uma mentira, achando tudo colorido e maravilhoso e nos tornamos até otimistas nesse palco hipócrita, depressivo, triste, malicioso, sujo, feio, injusto, cruel, ignorante, ganacioso e egoísta.
Um palco, uma peça de faz de conta e uma platéia. Uma platéia que nos assiste e que é exigente e dura. Não adimite fracassos e torce pelo seu tropeço. Você pode querer ser bom ou ruim, mas se for ruim está fora!
Uma platéia, um pensamento coletivo, uma opinião coletiva, uma punição ferrenha para quem não concorda.

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