15.12.12

Devorando Momentos de Acordos Silenciosos

Eu te amo pelas tuas falhas, pelas tuas cicatrizes, pelos teus acertos. 
Pelas tuas loucuras todas, pelas voltas por cima, pelos arrependimentos e mudanças de direção. 
Eu amo seu jeito de enfeite. Por conta disso muitas vezes eu não sei o que fazer das mãos. 
Amo tua tristeza, amo tua alegria. As nossas roupas sujas é aqui em casa que lavamos. 
Mesmo e fora de si eu te amo pela tua essência, até pelo que você podia ter sido. 
Todos nadamos na maré das circunstâncias e um dia nos banhamos nas águas do equívoco... 
Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo. Amo quando você borda mais um pano de prato no fim de semana. 
Eu te amo pelas crianças e rugas futuras. Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos realizados. 
Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual. Eu te amo pela tua presença, olhares e bandeiras. Eu te amo desde os teus pés até o que te escapa. Eu te amo de alma para alma. 
E mais que as palavras, acima da vida e morte. Mais que o silêncio dos momentos difíceis. Mais que teu sono, sua fome. 
Amo esquecer de tudo e olhar nos seu olhos como se nunca a tivesse visto antes. Amo não saber ao certo como chegamos até aqui, porque não prestei atenção em outra coisa. 
Eu te amo pelo rastro do vacilo, sendo apagado pelo perdão. 
Amo seu rastro de luz. Amo ser crucificado no seu abraço. 
Amo matar friamente quem lhe causa dano. Amo nosso plano de morrer juntos. Afinal amar é querer ser enterrado de mãos dadas, ter olhos eternos, que não se decompõem porque querem ficar para sempre abertos contemplando além das estrelas. 
Amar é devorar momentos, assinar acordos silenciosos, contemplar o tempo, sentir o improvável e impossível.

Um comentário: