Temos um plano, não temos promessas. 
Basta um dia na tempestade para não nos importamos mais com a chuva. Já estamos molhados. 
O guarda-chuva que gostaríamos de dividir com o outro finalmente terá  utilidade. Vamos dar carona e passar o braço pela cintura da saudade. Desviando das poças das decepções e nos protegendo dos pingos da insanidade. 
Não temos mais promessas, e eram justamente as promessas que nos deixavam felizes. Hoje temos só um plano. 
E o plano é ter que usar o guarda-chuva. Mas não sabemos mais caminhar com ele. Não mais. Desaprendemos. Ou realmente nos damos conta de que nunca soubemos.
E a expectativa é irritante, exigente, nos acompanha, pois a inventamos no outro e em situações que não acontecem nunca. O futuro era só uma parede branca cor de gelo. Nenhuma palavra.
E o plano é ter que usar o guarda-chuva. Mas não sabemos mais caminhar com ele. Não mais. Desaprendemos. Ou realmente nos damos conta de que nunca soubemos.
E a expectativa é irritante, exigente, nos acompanha, pois a inventamos no outro e em situações que não acontecem nunca. O futuro era só uma parede branca cor de gelo. Nenhuma palavra.
Mas e o caminho já percorrido? O que fazer com o aquilo que foi traçado? Do que adianta a proteção quando já se molhou o suficiente para ficar doente? 
Sempre pode piorar, sempre a doença evolui, sempre se pode morrer mais um pouco. 
Separe toalhas, feche as janelas. Cuide-se. Uma saudade morre, para outra preencher. 
Mantenha as luzes acesas. O tempo ruim sempre passa. O próximo dia vai valer a pena. 
Jogue fora sua coleção de tempos de enganos e desenganos. Não faça mais promessas. 
Deixe apenas que os seus fantasmas façam companhia para o seu passado. 
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