1.7.11

Chega de Morrer. Hora de Começar a Matar

Às vezes, nos deparamos com algum momento. E ele paira e dura muito mais que um momento…
E o som vai parar; o movimento vai parar, muito mais que um momento…
E daí, com tristeza, esse momento passa. E fica uma escuridão, um breu...
Essa escuridão tem um nome? Essa indiferença, esse tratamento, esse sentimento de culpa e remorso, como ele nos encontrou? Ele se meteu em nossas vidas, ou nós o procuramos e o abraçamos?
O que aconteceu conosco, que tínhamos voltado para o mundo, como que prontos para uma guerra? E nessa guerra, o que desenrolou que agora só eu espero que aquele momento volte, mesmo sabendo que ele já se perdeu no caminho?
Quando perdemos o nosso caminho? Consumidos pelas sombras, engolidos completamente por essa escuridão… Essa escuridão tem um nome? Engano, é o seu nome?
Por onde deixamos cair as promessas? Essas promessas vieram apenas para criar expectativas, borrar a maquiagem e comprimir o nosso estômago?
Tentamos colar os cacos da loucura, da vontade, da paixão, mas não nos importamos mais se eles se encaixam ou não. Aquele momento passou. Mudou de nome e de apelido. Mas não mudou o propósito, porque tudo o que estava realmente fazendo era esperar por você.
O sangue na escuridão, onde ninguém vê a cor do ferimento que alguém deixou. Palavras que ferem, telefonemas que machucam, atitudes que corroem a saudade.
O arrependimento do envolvimento é como uma facada pelas costas que você não espera. Existe jeito de estancar toda essa violência emocional?
A vida acaba aos poucos. A vida perde o sentido e a razão. Aquilo que tanto lhe fortalecia é hoje seu principal veneno, pois alguém não se importa mais. Outro não tem mais interesse real em sua vida. Sentimentos dúbios e razão jogados ao vento.
O erro e o acerto se tornam apenas pontos de vista. Uma vida desgraçada por algo que te fez questionar e te provar que estava errado. Não parece um momento de um jogo? Sem vencedores?
O primeiro tiro vem quando você se apaixona por alguém, mas esse alguém se esquece de te amar de volta. A primeira rasteira é quando você é deixado sozinho com lágrimas. A primeira queda é quando se puxa o gatilho ou se acende o fogo e não se pode voltar atrás.
Às vezes, emoções e pessoas te surpreendem; às vezes, elas cedem fácil e abandonam toda uma história e uma causa. Tornam a vida desgraçada. A surpresa é a embalagem da decepção.
O suspiro, a esperança, uma canção, o brilho no fundo dos olhos de alguém que você amava fazem você continuar no jogo...
Expectativas falsas. Sobrevida nesse jogo é o que faz a sua coleção de decepções estar completa. Não se tornou presa fácil da sua própria disponibilidade tornando a facilidade e o prazer de uma relação difícil de convencer a te amar de volta?
Ninguém nunca lhe disse que é matar ou morrer? Chegar de morrer e comece a matar!
Caso contrário, game over, fim de jogo, escuridão para valer, morte prematura, desistência e aquela frase na tela que sobe letra a letra na vertical: Amar é desde aqui... Até o fim do mundo... De novo aqui... Até o infinito... Insira mais fichas de ilusão e continue apostando suas emoções se quiser continuar.

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