"Neste mundo, quando a gente chama os outros de simples, geralmente tem em mira uma pessoa tola, ignorante e crédula. Mas a simplicidade real, longe de ser uma tolice, é quase sublime. Todos os bons homens que a apreciam e admiram têm consciência de pecarem contra ela; observam-na nos outros e sabem o que ela envolve; entretanto não podem, precisamente, defini-la. Eu diria que a simplicidade é uma retidão da alma que evita a autoconsciência.. Não é o mesmo que a sinceridade, que é uma virtude muito mais humilde. Muitas pessoas são sinceras, mas não são simples. Nada dizem a não ser o que acreditam ser verdadeiro, e não esperam aparentar coisa alguma, exceto o que de fato são. Mas estão sempre pensando em si mesmas, pesando cada palavra e pensamento, e preocupando-se sempre consigo mesma na suposição de terem feito muito ou pouco. Jamais se mostram à vontade com os outros, nem os outros com elas. Nada há de fácil, franco, desembaraçado e natural a respeito delas. Sentimos que admiraríamos melhor as pessoas se elas não fossem tão frias e convencionais."
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