29.4.11

What Have I Done to Myself?


A grande maioria das escolhas que fazemos na vida, ao contrário do que se pensa, não são livres.
Todas elas estão condicionadas a tudo que nos ensinaram desde que nascemos.
Com o passar do tempo, são os “amigos”, a família, a cultura, a religião e as pessoas que nos cercam que vão selar esse condicionamento forçado.
Aí quando chegamos à idade adulta, surgem milhares de dúvidas, pois não sabemos mais o que realmente desejamos e o que aprendemos a desejar.
Coisas e situações inimagináveis começam a aparecer e geram um conflito sem igual no nosso íntimo, pois estão diferente daquilo que “aprendemos”.
Por isso, meu amigo, é importante refletir sempre, para não ficar só repetindo o que ouvimos ou imitando o que outros dizem ser o correto. Caso contrário, o que acontecerá é a sua convivência diária com a mentira!
Bem, pior do que mentir para o outro é mentir para si mesmo. E hoje já está difícil identificar qual é o mais comum. Isso porque, muitas vezes, sustentamos a mentira às nossas escolhas pelo simples medo que temos da solidão. Vamos a fatos concretos...
Então uma mulher ama um homem, que ama outra mulher, e ele não corresponde a esse sentimento. Então, essa mulher acaba se dedicando ao primeiro que aparece e que mente ao dizer que a ama. Ela se resigna. E vai levando a vida, chegando a pensar que até ama seu companheiro e procura esquecer todos os demais sentimentos que um dia ela teve.
Vai criando desculpas internas aos montes, baseando suas decisões no que seria o aceitável ao seu vínculo social, que diz que “não se pode ser exigente demais ao escolher alguém”, que “ninguém é perfeito”, que “o amor de verdade é uma ilusão”. Mentiras!
Não somos criados para ter maturidade suficiente para esperar a hora certa de dizer sim para alguém. Geralmente escolhemos com base no que aparece e não no que queremos de verdade.
E para ajudar na distorção de nossos sentimentos, existe uma coisa chamado hormônio que invadem o corpo por uma paixonite qualquer, irreal, mascarada, que o faz tomar decisões irracionais, baseadas no desejo falso por uma pessoa imaginária.
Mais uma vez, somos condicionados a acreditar que nunca vai existir o conto de fadas e, sem perceber, esse conto de fadas muitas vezes aparece na nossa vida. Mas, por ter tomado decisões anteriores equivocadas e precipitadas, deixamos a felicidade escapar e continuamos na vida do pesadelo do dia a dia e da rotina.
Aí você pergunta para essa mulher: você é infeliz? Ela vai garantir que não. Certamente sorrirá vez ou outra. E é isso aí. O tempo vai passar. Mas a lembrança daquela pessoa que lhe pertubou um dia estará sempre ali. Como um incômodo que só ela sente. Que virá acompanhado de uma música acidental, de um lugar, de uma lembrança.
Parabéns, seus medos e escolhas por fim a tornam essa pessoa resignada que se contentará com segundas opções. Vai ficar aceitando migalhas de sentimento para amenizar o sofrimento. Ou vai procurando amigos para sair da rotina infernal que é enfrentar uma relação morna com alguém que finge amá-la de verdade.
Começa-se com uma paixão desenfreada condicionada, tem seu meio de sobrevivência inicial na cama, abrem-se os olhos e a cortina para a realidade da escolha errada (baseada em hormônios), surgem as dúvidas que são postas de lado por conta da pressão social e das famílias (que já se tornaram amigas), e no final confunde-se o hábito com amor.
Parece ser sempre assim, vive-se uma vida e uma relação espelhada naquilo que realmente desejamos. Mas é só um espelho e não a sua realidade.

2 comentários:

  1. Simone Rinaldi2:15 PM

    Assino em baixo! É exatamente assim que acontece ... Amei o texto ... Bjs Si

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  2. Obrigado Simo! Que legal que gostou... beijão!

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