25.10.08

Artistas Ocultos

Recebemos um presente. Alegria em dobro!
Não trata-se só de um presente. É muito mais do que isto. É a materialização de uma sensibilidade, de curvas bem feitas, de um jogo de cores, de uma personalidade.
Quando se ganha um quadro como esse, não se ganha apenas algo belo e colorido. Ganha-se a “alma” de certo artista oculto.
Nos momentos de apreciação da arte recebida, a sensação é de estar olhando o mundo com os olhos do artista. Por isso, um quadro não é um mero presente. É um poder concedido por alguém incomum, com um dom, com desejos e vontades, com uma história.
Na mais simples das intenções, o artista oculto oferece o que jamais poderíamos imaginar.
O artista não pinta uma imagem conforme ele a vê, mas conforme a sente. Para o artista oculto, as cores se mesclam, têm aromas, formas, energias, substâncias e vida.
Nesse aspecto, sentir é se sentir novamente, é se delatar. Assim sendo, só pinta bem um quadro aquele que sabe pôr na tela a cor de seus sentimentos e emoções, a tonalidade de seu coração. Assim, o pincel estará sempre a serviço do interior do artista, e nunca o contrário. E o pintor é guiado pela consciência que chamamos de sentimento.
Os desenhos que o artista oculto pinta em seus quadros contêm algo que vem diretamente do coração. Se a arte vem do coração fica difícil para o pensamento racionalista entender sua complexidade. Um quadro possui filosofia, filosofia prática e silenciosa de seu autor.

Obrigado Saul!


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