Quase transparente e de consistência gelatinosa, a Água-Viva parece, à primeira vista, um animal inofensivo. Em contato com a pele humana, porém, provoca desde queimaduras leves até graves irritações que, em casos extremos, podem matar uma pessoa. São animais que possuem uma célula especial modificada, capaz de liberar um líquido urticante responsável pela irritação na pele humana. Eventualmente, as correntes marítimas podem arrastar esses animais para perto das praias, representando perigo para os banhistas. O contato desses animais com a pela humana causa inchaço, vermelhidão e vergões, além de dor, ardor e coceira. Normalmente esses sintomas são restritos às áreas de contato, porém podem ser mais extensos, dependendo da sensibilidade individual.
E foi assim no final do ano. Uma Água-Viva. Ninguém notou que ela estava lá. Mas ela chegou, passou, incomodou e fez arder. Simples, rápido, elegante, afinal de contas faz parte da praia.
Foi surpreendente a sua ação e o poder do seu veneno. Como citado, seus efeitos dependeram da sensibilidade individual. Para alguns foi tranquilo, para outros foi festa, para outros foi surpresa, para outros foi inveja, para outros foi raiva, para outros foi trabalho e para outros foi admiração.
Mas querendo ou não, você foi afetado. Afetado por que não a viu. Por que não pode se defender, por que quando a Água-Viva aparece, é derrepente! Ela é quase invisível.
Aí tudo acontece e você se pergunta: por que eu? Por que fui atingido? E a ardência aparece.....
E a praia não muda, continua lá.....linda, charmosa, bonita, feliz...
A Água-Viva apenas fez a sua parte.....queimou, provocou, inflacionou.
O ano recomeça, vida nova, velhos problemas, novos desafios....e a cabeça não pára.
É muito bom estar de volta.
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