Mais um dia. Mais uma semana. Mais stress. Mais o tempo passa e nos alerta, nos empurra, nos instiga a sair. E o tempo passa...
Revolta sem saída. Cansaço sem saída. Mais nos cobramos. E o tempo é escasso...
Falta suporte para resistir esse rumo que decidimos seguir. E quanto mais passam-se os dias, mais corremos para o centro do furacão. Exposição. Nervosismo. Sem certezas. Novas dúvidas...
Mais sentimos o peso. Mais fazemos do peso nosso caminho. Menos dormimos. E o tempo finalmente chega...
Acordar é abrir a porta do labirinto dos nosso dias. É trabalho diário de revisitar o que nos trouxe até aqui. É viver de dedos cruzados todos os dias em um espaço criado, submetido, submerso, de mãos atadas.
Sonhar é não remover cada teia de aranha no canto escondida, cada camada de pó do móvel abandonado.
Precisamos é de mais cor para projetar, resoluções que não apertem o coração, ter mais motivos para fazer a saudade bater, menos medo da aflição para atormentar.
Precisamos de mais paz nas palavras derramadas nestes corredores desse espaço chamado vida.
Precisamos de atitudes concretas e menos discursos. Precisamos de uma vida mais leve, pois o tempo está passando. Uma história de menos coisas e mais experiências, pois não levaremos nada.
Precisamos de menos legiões de solitários, que perambulam para lá e para cá, andando em círculos, repetindo as mesmas coisas, comprando as mesmas coisas, reclamando das mesmas coisas, com os mesmos problemas.
Na vida, solidão é ter problema, ou aparentar problema. É o mesmo que uma coceira nas costas...
Certo da solidão se acostume a ser boa companhia. A cada gesto, a cada palavra, a cada silêncio, precisamos nos perguntar se estamos cada vez mais perdidos nesse espaço ou cada vez mais apertados na nossa vida. Se quem está em cena é o amor ou o nosso carcereiro.
Mais um dia contando com a sorte. Esperando notícia boa. Esperando alguém entrar...
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