Podemos ter dez cores, podemos ter duas, mas o que importa é o que fazemos com elas. Com as cores que nos deram, enquanto vivemos com as antenas batendo umas nas outras, como que no piloto automático.
Pensar é proibido. Ser humano não é exigido. Segue. Vai por ali. Obedece aqui. Faça isso. Desce daí! Seguir o bater de antenas é sinônimo de sobrevivência. Cabeças são meros enfeites...
O mundo finge que se importa se pintamos e usamos as cores dentro das linhas, mas apedreja que não se encaixa, quem colore fora delas.
Usar a cabeça é colorir fora das linhas. Colorir fora da página. Não podemos ficar oprimidos.
Bater antenas é comunicar. O suficiente para manter a ordem estabelecida de forma eficiente e delicada.
"Crédito ou débito?". "Sacola de plástico?". “Você não acha que deveria fazer mais?". "Quer ketchup e mostarda?". “Eu te amo para sempre...”
A extinção de movimentos humanos realmente verdadeiros. E como queríamos vê-los com mais frequência... E ninguém te vê! Onde você deixou sua existência?
Um reino em preto e branco e de cabeças ocas. Sem o espírito verdadeiro do artista genuíno, do santo, do filósofo, do novo, do belo, do útil, do fazer por amor, do relevante. Por que razão a evolução das vidas nem sempre é sinal de progresso, mas sim uma adição interminável de futilidade, conexões questionáveis, rastro de lamento e caminho de esperança?
Por que tão poucas cores? Porque não se desenvolvem valores mais importantes?
Que barreiras são essas que impedem as pessoas de se aproximarem do seu verdadeiro potencial? Desenhos de obediência, medo e comodismo.
Antenas e lápis na maré. No mar que não recusa nenhum rio. Desembocando em lugar nenhum até desaparecer por completo. Um estado conformista de partida constante, chegando sempre. Poupando apresentações e despedidas de vidas vazias.
O mundo é muita ação e nada de teoria. Nós somos todos teoria e nada de ação.
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