Ocupar algum lugar do mundo... Talvez os nossos olhares sobre o mundo, sobre as coisas, sejam bem parecidos. Ou talvez não se pareçam em nada. Mas se olharmos bem de perto, poderemos ver que todos temos muito em comum.
Estamos todos tentando encontrar nosso caminho, tentando encontrar nosso lugar, tentando encontrar a si mesmo.
Às vezes é mais fácil sentir que somos únicos no mundo a lutar, a se frustrar, a ficar insatisfeito. E é mais fácil pensar que não estamos conseguindo e desistir. Mas esse sentimento é uma mentira!
O segredo é encontrar a coragem para encarar tudo isso dia após dia, porque em algum momento alguém irá te encontrar e fazer com que tudo fique bem. Vai trazer mágica, será um presente à sua vida!
Todos nós precisamos de um pouco de ajuda às vezes, alguém para nos ajudar a escutar a música do mundo, a interpretar os sonhos coletivos, a enxergar a beleza de um amor de verdade, para lembrar-nos que nem sempre tudo é ruim. Esse alguém está por aí. E esse alguém um dia te encontrar e estará ao redor da sua vida.
Restam as perguntas: O que você vai fazer quando isso acontecer? Como vai lidar com esse alguém? Vai saber reconhecê-lo? Você suporta o presente de uma surpresa?
Um dia esse alguém chega, um dia esse alguém vai... Às vezes não da forma como se idealiza, não no momento que esperamos e muitas vezes de forma incompreensível e imprevista.
Você já olhou para uma foto sua e viu pessoas estranhas no fundo? Quantos estranhos tem uma foto sua? E se tirasse uma foto do seu mundo hoje? Você saberia reconhecer quais as intenções de todos que estão ali?
Cada foto é sempre um arrependimento, por isso tiramos tantas...
Quantos momentos da vida dos outros nós fizemos parte? Em quantas fotos estamos? Quantas intenções, caminhos, amores de verdade não ficaram apenas em segundo ou terceiro planos?
Privilégio mesmo é fazer parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade. Felicidade mesmo é estar lá, quando os sonhos de alguém morreram e você deu consolo.
Nós continuamos a tentar nos aproximar como se fossemos destinados a estar lá ou gostamos apenas de viver na surpresa? Pense… Podemos ser uma grande parte da vida de alguém e nem saber disso, ou impedimos que um grande presente transforme nossa vida, pelo simples fato de estarmos com uma visão embaçada e distorcida do nosso mundo. Não deixe que o adeus se torne a única lembrança de uma pessoa.
(A ilustração é um dos fabulosos trabalhos do Tatsuro Kiuchi)
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