Sabe quando chega o momento de ser mais forte do que nunca? De ser mais você sem deixar de ter um pouco do outro?
Sabe quando é preciso achar no meio do breu um caminho verdadeiro? Deixar de ver o passo seguinte como um encontro?
Sabe quando você deve deixar de esperar um telefonema que nunca acontece, e uma explicação que nunca veio?
Sabe quando o dia de ontem já passa a não dizer tantas coisas e a consciência deixa de ser tão esplêndida?
Sabe quando as decisões antes esquecidas na gaveta do coração acabam se tornando o comentário mais promissor da sua mente enquanto no banho?
Sabe quando a fuga já não é mais a melhor escolha e é preciso um novo jeito para se dizer o velho "não esperava isso de você"?
Sabe quando você dá de cara com as correntes que te mantêm preso e descobre, sem querer, que já não é tão preso assim?
Sabe quando você decide seguir em frente, e tem de deixar coisas para trás, mas não sabe exatamente que coisas são essas?
Sabe quando você descobre que a melhor forma de se livrar da tentação é tentando-a primeiro?
Sabe quando você tenta, tenta, segue receitas, improvisa, e o fim é sempre o mesmo: um fim?
Sabe quando você começa a enxergar a realidade e é forçado a separar o coração da visão?
Sabe quando você busca duração, sonha com a permanência, mas a vida, esse rio, passa?
Sabe quando você teme ser levado pela correnteza do esquecimento?
Sabe quando você presencia o medo? E não escuta o que queria porque alguém não tem nem coragem de pensar nisso?
Sabe quando você escala o muro da indiferença e descobre que do outro lado realmente não havia nada?
Sabe quando você encontra a covardia de frente e vê fingimentos de um não mal entendido?
Sabe quando você consegue mais um fracasso sem saber o porquê?
Sabe daqueles momentos que você lamenta não existir Dorflex para a alma?
Sabe, não construa casa para quem só quer uma ponte para passar...
Você sabe?
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