"-E se você dormisse? E se você sonhasse? E, se em seu sonho, você fosse ao paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se ao despertar você tivesse a flor entre as mãos? Ah, e então?" Novalis.
Na profundidade da metáfora, Novalis fala sobre passar a vida sonhando e não saber o que fazer quando o sonho se concretiza.
Ou até mesmo morrer e não ter a pessoa, o objeto, ou aquilo que mais se deseja duante nossa curta vida.
Mas antes de mais nada, vamos aos esclarecimentos.
Friedrich Novalis foi o precursor do Romantismo. Criado em uma Europa onde o Iluminismo, difundido por Kant, era a batata da onda, Novalis não se deixou influenciar pelas novas idéias. Ele acreditava em Deus, na Religião e – acima de tudo – no Amor. Antes de morrer, Novalis deixou a obra inacabada Heinrich von Ofterdingen, que se transformou na bíblia do romantismo. O livro conta a história de um jovem poeta medieval que busca por uma misteriosa flor azul. É deste livro que saiu famoso trecho que coloquei acima.
Como bom romântico, Friedrich Novalis teve um grande e triste amor.
Sophie tinha recém completado 13 anos quando ele a conheceu. O encanto pela menina foi tão intenso que não tardou a pedir sua mão em noivado. Os pais de Sophie concentiram, porém a alegria logo se dissolveu: a vida da frágil menina durou pouco mais de dois anos, ela morreu logo após seu décimo quinto aniversário. Desde então a vida de Novalis perdeu grande parte do sentido. A partir daí ele escrevia compulsivamente e a idéia de que o suicídio o atraía com um magnetismo mágico.
Na tentativa de seguir em vida, o escritor até chegou a ficar noivo de outra moça – Julie von Charpentier, mas nunca chegaram a se casar. Novalis achava que Julie tornava a presença de Sophie ainda mais aparente. Romantismo a flôr da pele!
Sophie tinha recém completado 13 anos quando ele a conheceu. O encanto pela menina foi tão intenso que não tardou a pedir sua mão em noivado. Os pais de Sophie concentiram, porém a alegria logo se dissolveu: a vida da frágil menina durou pouco mais de dois anos, ela morreu logo após seu décimo quinto aniversário. Desde então a vida de Novalis perdeu grande parte do sentido. A partir daí ele escrevia compulsivamente e a idéia de que o suicídio o atraía com um magnetismo mágico.
Na tentativa de seguir em vida, o escritor até chegou a ficar noivo de outra moça – Julie von Charpentier, mas nunca chegaram a se casar. Novalis achava que Julie tornava a presença de Sophie ainda mais aparente. Romantismo a flôr da pele!
Idealizou, sentiu, sofreu por amor e por fim morreu debilitado em 1801 de tuberculose (a doença da moda).
Bem, refletindo sobre a história dele, que não deixa de ser e fazer parte também da nossa história, talvez o destino dos românticos seja mesmo esse: passar a vida à procura de uma flor azul (da coisa ideal, do amor ideal, do impossível, do proibido) que jamais se chegará a conhecer, pois a vida se faz curta demais para as almas inquietas.
Talvez a grande maioria esteja destinada ao amor impossível e ao desejo insatisfeito… você tem a sua flôr azul? De bom? Pelo menos hoje se morre menos de tuberculose.
Muito bom o texto..
ResponderExcluirparabens mesmo