15.5.09

A Garota que Comia Açúcar

Ela na dúvida. Flôr da idade. Na dúvida!
Mau sabe ela que é só o início.
Ela quer ser chocoalhada. Filmes, músicas, drogas, álcool, chocolates, viagens, sapatos, amores… Ela acredita ser feliz apenas quando movida por algo. Hoje procura amores e açúcar. Não necessariamente nesta ordem.
Busca paixão (da palavra grega páthos – passividade).
Ela busca e encontra. Sofre de paixão, padece, assujeita. Caí arrebatada, atropelada.
Ela percebe que a paixão é algo que realmente nos acontece.
Ela primeiro, faz a confissão “Estou apaixonado por ele!”, que significa “Ele faz coisas comigo, ele me deixa viva, linda e feliz”. Depois, “Eu te adoro”, nada diferente de pedir para que o outro continue a movendo, e por fim segue-se o clássico “Eu te amo”, ou seja, “É por você que quero ser amada”.
Mas ele pára de a mover, ela para de amar, descobre ele. Ela troca o então “Eu te amo” por “Eu quero me separar”. Ela sofre!
O motivo? Ela imaginava que o outro a fazia feliz, agora não mais. Ela não enxergou com quem se envolvia e agora sofre para terminar uma relação. Pobre criança...
Na inocência ela descobre uma das verdades da vida: "Os sentimentos são nosso refúgio e nossa certeza. Nossa intuição mais profunda: Se eu sinto assim, então só pode ser verdade!”.
Ela descobre também que um sentimento surgiu, ditou o que é verdade para ela, deu sentido a todo o seu momento e a impulsionou para uma ação, então ela se moveu em uma direção, até que o sentimento cessou (e com ele a verdade, o sentido e a ação) e ela ficou perdida, confusa e impotente, sem entender como foi parar em um local tão desconfortável sendo que estava andando em direção a um horizonte de felicidade.
Neste instante e neste click ela muda de caminho rumo ao pote de açúcar.

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